O seu conceito é pela “democratização da cultura e das novas tecnologias”. Filiosofia que põe em prática através da “oferta da melhor qualidade ao preço mais baixo”. Presente em Portugal há 10 anos, a FNAC inaugurou esta quinta-feira a sua 14ª loja em território nacional e prepara-se para abrir as portas de uma outra já no dia 16. Christophe Cuvillier, presidente do grupo, veio ao arranque da FNAC Vasco da Gama, em Lisboa, e esteve à conversa com o Imagens de Marca.
De uma cooperativa francesa…
Julho de 1954. Um apartamento arrendado num segundo andar da Rue de Sebastopol, em Paris, via nascer uma humilde Federation Nationale d'Achats des Cadres, uma cooperativa que oferecia o acesso a material cinematográfico e fotográfico cerca de 10 a 20 por cento mais barato. Hoje, 54 anos depois, a sua oferta vai desde a literatura, à música, à imagem, ao som e às tecnologias relacionadas com estas áreas, nas 131 lojas FNAC, presentes em oito países.
Embora a oferta FNAC seja hoje bem mais alargada que no seu arranque, o princípio base da empresa mantém-se igual àquele que os seus fundadores, André Essel e Max Théret, lhe incutiram. Um princípio centrado no cliente, assente numa política de preços acessíveis, na selecção de produtos e no aconselhamento da compra. Filosofia que já nos anos 50 traçava o aspecto diferenciador e inovador da marca.
Não sendo a única cooperativa da altura, a FNAC apostava na formação dos seus vendedores para cada um dos sectores de venda, oferecia garantia de um ano na compra dos produtos e testava toda a gama antes de a colocar à venda. Para além disso, baseada nos resultados desses testes, apontava comparações de qualidade entre os produtos, que depois publicava na revista “Contact”, entregue gratuitamente aos sócios.
O seu crescimento em França foi então fulminante. Tanto que em 1955, apenas um ano após a abertura da sua única loja, a cooperativa registava um volume de negócios na ordem do 50 milhões de francos.
Dois anos depois, a FNAC acrescenta à sua oferta as televisões e os equipamentos hi-fi, mas nesta altura ainda só estava aberta a sócios. Só em 1966, com a inauguração da segunda loja em Paris, é que a cooperativa abre as portas a não membros. Em 1969 a empresa empregava mais 580 funcionários e no ano seguinte começa a sua expansão para o resto do território francês. Em 1974 os livros começam a aparecer nas prateleiras das lojas e dão início àquela que viria a ser, juntamente com a venda de discos, a mais forte vertente de negócio da empresa naquela década.
Sempre a par das novas tecnologias a FNAC foi alargando a sua oferta, tanto quanto alargava a sua actuação noutros mercados. Depois começar a vender também televisões e outros electrodomésticos, nas décadas de 80 e 90 a expansão da marca ganhou força e levou-a até mais sete países, um deles do outro lado do Atlântico. O nome daquela cooperativa francesa dos anos 50 estava agora em Espanha, Bélgica, Grécia, Itália, Suíça, Portugal e Brasil.
A chegada a Portugal
Foi no recém-criado Centro Comercial Colombo que a FNAC viu a sua porta de entrada em Portugal, em Fevereiro de 1998, ano em que abre logo a sua segunda loja no país. Dez anos passados, vai fechar 2008 com 15 lojas em Portugal continental e ilhas. Isto depois de ter investido 10 milhões de euros na abertura de três novas lojas este ano. Viseu em Abril, Lisboa, Centro Comercial Vasco da Gama, esta quinta-feira e Matosinhos, para a próxima semana, dia 16.
Actualmente, as vendas no mercado português representam cerca de 5 por cento do bolo total da marca no mundo. Até 2010 a marca quer ter 20 espaços em Portugal.
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