12 de junho de 2008

Entrevistas

Vídeo: Filme de apresentação da Tribal DDB Worldwide (2005)


 


Só em 2007 arrebatou 72 prémios internacionais e desenvolveu 31 novos projectos para empresas como a Nokia, a HP ou a MTV. Sediada em Nova Iorque a Tribal DDB Worldwide inclui 44 escritórios – especializados em marketing digital e interactivo – que se estendem por 25 países, nas regiões das Américas, Europa e Ásia-Pacífico, foi em 2008 eleita a Melhor Rede Global de Agências do Ano pela Adweek, quando em 2005 já tinha sido classificada de Agência Interactiva do Ano, pela mesma publicação.



Entre os prémios que colecciona estão dois Leões de Cannes, seis Webby Awards, incluindo o de Agência mais Premiada, o prémio Forrester Research “Go to Agency” for Brand Image e um One Show Interactive Top-10 Campaign of the Dacade.



Stephen Beringer, o responsável pela parte europeia da Tribal, esteve em Portugal e falou ao Imagens de Marca de uma rede global de agências onde a “cultura colaborativa” é um dos seus pontos fortes. Isto antes de falar do desempenho da Tribal DDB Lisboa.







stephen beringerImagens de Marca: Quais são os valores da Tribal DDB?
Stephen Beringer:
Eu diria que um factor fortíssimo da Tribal é a sua cultura. Uma cultura colaborativa e não aquela tradicional e hierárquica. Temos uma estrutura muito horizontal, com uma noção que dentro da Tribal estamos em patamares iguais.

 


IM: Mas como é que isso funciona na prática?
SB:
Na prática isto significa que quando temos as diferentes agências Tribal a trabalhar em conjunto, não interessa se uma sugestão, uma ideia, um trabalho, vem de Hong Kong, Milão ou Nova Iorque. Interessa é que é uma grande agência a trabalhar por si. Existem muito poucas noções de “ego”. E isso é extraordinário, porque nos dá a capacidade de accionar qualquer uma das nossas agências a nível global, seja para que trabalho for.


 


IM: E isso torna a rede Tribal DDB diferente?
SB:
Sim. Isso juntando a um outro valor que adoptámos logo desde início: nunca pensamos em canais. Apesar de sermos mais especializados numa vertente digital, olhamos para os desafios do cliente como tal. Pensamos sempre primeiro na solução para o desafio em questão. Colocamos o cliente e o seu desafio em primeiro lugar.


 


IM: No site da Tribal DDB falam que se guiam pelos “playbooks” e não pelos “rulebooks”. Quer isto dizer que a criatividade precede sempre as regras?
SB:
Eu diria antes que significa que cada desafio é encarado quase como um jogo, ou uma tela onde são colocadas as ideias. Isso tem muito a ver com a forma como trabalhamos. Temos claro uma forma definida para trabalhar, princípios para abordar os desafios dos clientes. Mas queremos sempre dar espaço e liberdade à criação.


 


IM: Como é que a Tribal DDB pensa continuar a crescer? Por onde é que vai passar a sua estratégia de crescimento?
SB:
Cada vez mais através da oferta e desenvolvimento de soluções mais avançadas. A forma como o mercado é vista até agora ainda é muito limitada. E os meios digitais e a tecnologia, bem como a forma como as pessoas se comportam e interagem, oferecem cada vez mais possibilidades. Isto é algo que todas as agências e empresas têm que repensar e reavaliar.


 


IM: Tem acompanhado a evolução da Tribal DDB Lisboa?
SB:
Sim claro. O escritório de Lisboa começou numa escala pequena e foi aumentando gradualmente. Um facto que aliás tem muito a ver com a própria Tribal, com a forma como acreditamos que o crescimento tem que ser. Acreditamos numa política de crescimento orgânico. Na Tribal nunca foi feita nenhuma aquisição. Crescemos organicamente e Lisboa apareceu dessa forma.


 


IM: Como é que avalia então o desempenho da Tribal DDB de Lisboa?
SB:
Muito bom. Foram aumentando o seu desempenho, até que chegou a uma altura em que era óbvio que eles já estavam a jogar entre “os grandes”. E isto aconteceu de uma forma muito natural. Foram-se envolvendo cada vez mais nos trabalhos internacionais, tornando-se num verdadeiro parceiro, na troca e intercâmbio com os outros escritórios.


 


IM: Quanto ao futuro, quais considera que vão ser os grandes desafios para a Tribal DDB?
SB:
Não considero que haja um desafio concreto. Podia dizer que passaria pelo marketing “móvel”, ou outra coisa qualquer. Acho que não existe um grande desafio em concreto. Temos claro que acompanhar a evolução.


 


IM: Mas há-de haver algum desafio… Existe algum investimento em concreto para a Tribal DDB neste momento?
SB:
Pode dizer-se que na nossa área existe um desafio que tem a ver com o planeamento e com a medição do sucesso. Estamos a investir muito no desenvolvimento de ferramentas que permitam fazer isso. Uma medição de uma forma muito concreta, métrica quase, e não abstracta ou subjectiva.

Avalie este artigo 1 estrela2 estrelas3 estrelas4 estrelas5 estrelasÉ uma das mais premiadas redes de agências global na área do marketing interactivo e o Imagens de Marca esteve à conversa com o seu presidente para a Europa. Os valores da Tribal DDB, o desempenho do “braço” lisboeta e as expectativas para o futuro, em entrevista com Stephen Beringer.

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