28 de maio de 2008

Entrevistas

É o director de entretenimento e chefe de vídeo para o Myspace no espaço europeu, e esteve em Portugal para o lançamento oficial do Myportugal. O Imagens de Marca aproveitou a oportunidade e esteve à conversa com James Fabricant, um dos responsáveis por aquela que é a maior rede comunitária online do mundo, e tentou perceber o que é, como funciona e o que fazem 110 milhões de pessoas registadas num site. (Ver também o dossiê sobre Myspace).  


 


Imagens de Marca: Para começar, o que é o Myspace?
James Fabricant:
Eu diria que o myspace é a maior comunidade online do mundo. Um local onde as pessoas colocam as suas vidas online, e estão lá para se expressar, para se relacionarem com pessoas de interesses comuns e para descobrirem vários tipos de cultura “pop”, desde música, filmes, televisão, política, etc. O myspace concede a cada utilizador a sua própria página Web, alojada no nosso servidor, e que está conectada a muitas outras páginas pessoais. Muito basicamente é isto que o myspace é.


 


IM: Hoje contabilizam cerca de 110 milhões de utilizadores a nível global. Imaginavam ao princípio que o Myspace poderia atingir estas proporções?
JF:
Não. Tem sido realmente um fenómeno extraordinário. Temos dado desde sempre atenção aos nossos utilizadores e fomo-nos preocupando em construir e oferecer-lhes um conjunto de funcionalidades que lhes dá a possibilidade de fazer aquilo que eles querem fazer, de se expressarem online de várias formas.


 


IM: O Myspace tem uma forte ligação à música. Este factor aconteceu intencionalmente?
JF:
A música é apenas uma das variantes do Myspace, mas foi sem dúvida a primeira a ganhar uma grande importância. O que aconteceu foi que o Tom [Tom Anderson, actual presidente do Myspace] estava numa banda na altura e não tinha como divulgá-la. Então começou a utilizar o site para promover a banda. Foi mais ou menos assim que começou esta “linha” musical do Myspace.


 


IM: E que outras “linhas”, ou que outras vertentes, assumiu depois o Myspace?
JF:
Temos uma vertical de cinema, uma de comédia, uma de literatura, outra que chamamos de “impact”, que é para políticas sociais e acções desse género, e claro outra vertical que é a MyspaceTV…


 


IM: …que está a crescer muito rapidamente também, certo?
JF:
Sim. Eu diria que o vídeo se está a tornar na ferramenta de comunicação de eleição das pessoas. Hoje em dia qualquer pessoa já tem uma câmara fotográfica que também faz vídeo, ou até no telemóvel, e está cada vez mais fácil para cada utilizador gravar qualquer situação da sua vida, fazer o upload para o Myspace e partilhar esse conteúdo.


 


IM: O que é que traz o Myspace para Portugal nesta altura?
JF:
Numa palavra: a procura. Muito antes de trazermos o Myspace para Portugal, já existiam imensos utilizadores do Myspace portugueses. E quando há uma grande procura pelo Myspace aquilo que fazemos é pensar: este é provavelmente um país que gostaria de ter uma versão local do Myspace. A partir daí localizamos o site e críamos equipas locais.


 


IM: Então o que é que o Myspace espera do público português nesta fase?
JF:
Para começar, que cresça ainda mais. Que se ligue ao site a aos seus utilizadores locais, que se expresse e aumente a sua comunidade e a estenda aos utilizadores de toda a parte do mundo.


 


IM: Existem outros sites baseados numa filosofia comunitária na Web. O que é que diria que distingue o Myspace dos restantes?
JF:
Desde logo que somos maiores. Somos mesmo a maior comunidade global online. Mas temos também uma vertente local, onde também somos os únicos a criar unidades locais, com equipas locais, que ajudam a compreender melhor os utilizadores de cada país e aquilo que podemos melhorar para eles. Nenhum outro cria uma relação de tanta proximidade com os utilizadores. Depois há também a forte ligação que temos à cultura, como é o exemplo da música. É nesse aspecto, na interligação das vertentes “pessoas”, conteúdos e cultura, que somos únicos.


 

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