25 de fevereiro de 2011

Entrevistas

André Moura Guedes, Director de Marketing do h3


 


Imagens de Marca (IM): Quando e como surge a h3, e pelas mãos de quem?
André Moura Guedes (AMG):
A primeira loja h3 abriu no dia 7 de Julho de 2007 mas a verdade é que o h3 nasceu alguns anos antes em 2004 no Café 3, um restaurante na Av. Liberdade que foi a realização de um sonho antigo dos 3 sócios, Albano Homem de Melo, António Cunha Araújo e Miguel van Uden. Amigos de infância, sempre idealizaram um espaço em Lisboa onde se pudesse comer bem.


O Restaurante era um sucesso ao almoço mas ao jantar ressentia-se do facto de a zona ter pouco movimento durante a noite. Foi para tentar contrariar este problema que foi introduzido na ementa os hamburgueses, novas receitas de hambúrguer inspiradas numa nova tendência de vários chefs europeus de tornar o elemento base da comida fast food num ingrediente gourmet. O sucesso foi imediato e serviram de embrião para o que viria a ser mais tarde os hambúrgueres h3.


 


IM: Qual o seu conceito empresarial?
AMG:
Quisemos casar o fast food com uma refeição gourmet. Chama-mos a este conceito “Not so fast food”, quisemos oferecer comida de qualidade, que se come com prazer, sem problemas de consciência, com rapidez e simpatia, a um preço competitivo. Real Food Real People


 


IM: Qual o investimento inicial realizado?
AMG:
O investimento inicial para as duas primeiras lojas foi de cerca de 200 mil euros.


 


IM: Qual a estratégia da empresa para Portugal? Quantas lojas já têm e em que espaço de tempo?
AMG:
A estratégia do h3 para Portugal foi o de abrir lojas no menor espaço de tempo possível nos centros comerciais do país de maior movimento. Foi importante estar presente nos maiores operadores de centros comerciais de forma a evitar o fenómeno de cópia.


No primeiro ano fechámos com 2 lojas, em 2008 abrimos 6, em 2009 13 e em 2010 acabámos o ano com mais 12 lojas abertas, ou seja, 33 lojas em 3 anos. Já em 2011 abrimos mais duas lojas, sendo que neste momento já contamos com 35 restaurantes.
Para os próximos tempos a aposta do h3 em Portugal passa por consolidar a posição no mercado e desenvolver o conceito de lojas de rua, que já conta com uma primeira loja no Chiado.



 


IM: E ao nível da internacionalização? Como surge a Polónia? E quais as perspectivas para os próximos tempos?
AMG:
A aposta no mercado polaco surge naturalmente porque a Polónia é um país em grande desenvolvimento, com 40 milhões de habitantes e com bastantes centros comerciais, pelo que tem as condições ideais para receber a operação h3 tal como ela foi desenhada.


A receptividade do mercado polaco ao h3 foi muito grande, estamos bastante satisfeitos com os números actuais e apostamos em mais uma ou duas aberturas ainda este ano na Polónia.
Existem mais mercados em análise, sendo o mercado espanhol aquele que se apresenta como o mais viável para as próximas aberturas fora de Portugal.



IM: Quais as maiores dificuldades que têm sentido fora de Portugal e como as ultrapassam?
AMG:
No caso da Polónia obviamente o maior problema é a distância entre Portugal e a Polónia e o que isso significa em termos de logística. Tem sido um grande desafio ultrapassar todas as dificuldades logísticas para garantir que o produto que oferecemos no mercado polaco obedece aos nossos rigorosos critérios de qualidade.


Foi um trabalho duro durante muitos meses que obrigou a um grande empenho não só da nossa parte mas também de todos os nossos fornecedores. É uma luta diária que ainda hoje nos empenhamos para melhorar todos os dias, aliás essa é uma das máximas do h3, trabalhamos todos os dias para melhorar a nossa qualidade para que os nossos clientes sintam que está igual.



 


IM: E qual a estratégia de marketing da marca?
AMG:
Desde a primeira loja que apostamos tudo na qualidade dos nossos produtos, sabendo que esse é o motivo que leva a que quem nos visita volte e recomende. Assim a nossa estratégia passou sempre por fazer com que o máximo número de pessoas pudesse vir aos nossos restaurantes provar. Costumamos dizer que a nossa maior ferramenta de marketing é o convite. E fazemos questão de, sempre que possível, os distribuir massivamente. E porque o primeiro contacto que temos com o cliente é através dos nossos funcionários: comida boa mal servida é comida má. Acreditamos que a experiência só é total se o atendimento for perfeito. Assim, focalizamos toda a operação na consolidação e formação dos nossos funcionários de modo a que possamos dizer que temos os funcionários mais simpáticos do fast food.

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