9 de dezembro de 2010

Entrevistas

Lisboa vai acolher, em 2011, o Festival Europeu de Criatividade e Comunicação – Eurobest. A candidatura da capital portuguesa foi a eleita, deixando para trás as propostas de algumas capitais europeias como Londres ou Bruxelas.
O Imagens de Marca falou com Vasco Perestrelo, presidente da MOP – Multimedia Outdoors Portugal, representante em Portugal da organização do Cannes Lions para perceber como Lisboa foi a cidade escolhida, o que envolveu o processo de selecção e que importância traz para o sector.


 


Imagens de Marca – Como se deu a candidatura de Lisboa à realização do Festival? 


Vasco Perestrelo – Um mês antes ainda não tínhamos a candidatura e Londres, Berlim e Bruxelas já estavam na shortlist. Após uma reunião dos representantes sentimos a necessidade de fazer uma candidatura. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa escreveu uma carta à organização com a perspectiva da importância da realização do festival em Lisboa e no nosso país e nesse momento, Lisboa entrou para a shortlist.


 


 


IM – Que critérios estiveram na base desta eleição?


VP – As candidaturas obedeciam a três critérios exigidos pela organização: Primeiro, era necessário haver um apoio claro, mais do que financeiro, de entidades e uma politica de estratégia para a cidade desenvolver as indústrias criativas. Outro critério era necessário que todo o sector manifestasse a importância deste evento e, por último, locais e infra-estruturas que a cidade pudesse oferecer.


 


 


IM – De que forma foram avaliados esses critérios? E a cidade?


VP – Numa visita de um dia do presidente da organização a Lisboa, fizemos um périplo de reuniões entre eles e estas entidades envolvidas (Câmara Municipal, Turismo de Portugal…) e o primeiro objectivo foi cumprido. Depois reunimos com todo o mercado (agências de publicidade, associação de anunciantes, clube de criativos…) e assim, eles ficaram com a ideia, num dia, que Lisboa e a industria criativa nacional tinha manifestado muito bem que apoiava a realização do evento em Portugal e a importância de o ter em Lisboa. Tudo isto culminou numa visita técnica para ver os locais e uma última apresentação que nós fizemos, agora no evento que decorreu em Hamburgo.


 


 


IM – Qual a importância desta escolha?


VP – Tem de haver uma percepção de que o sitio tem de estar claramente no top of mind da indústria criativa e consideraram Portugal como o local para isso. Escolher Lisboa tem isso implícito, que eles consideraram do ponto criativo.


 


 


IM – Para nós, que perspectivas nos traz esta escolha?


VP – Para Portugal podemos ver a coisa por duas perspectivas: primeiro, para a cidade e a para o próprio mercado é um reconhecimento que nos coloca como centro de criatividade no ano de 201, ficando Lisboa no centro dessa discussão. Depois, porque o festival vai proporcionar a vinda de muitas pessoas – júri, seminaristas, profissionais – juntando algumas das pessoas mais reconhecidas do meio a nível europeu.
No fundo é um valor que o evento traz para fora mas também para Portugal, por sermos nessa altura o centro criativo da Europa. 

Avalie este artigo 1 estrela2 estrelas3 estrelas4 estrelas5 estrelasVasco Perestrelo, presidente MOP

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