A Ativism integra o top 30 do ranking das melhores empresas para se trabalhar em Portugal, de acordo com o Great Place to Work Institute. O Imagens de Marca visitou a empresa e, em entrevista com Maria João Gomes, Directora do Departamento de Desenvolvimento Organizacional, ficou a saber que o informalismo, a liberdade e a responsabilidade são alguns dos segredos do grupo.
Imagens de Marca: Qual o principal factor diferenciador da Ativism?
Maria João Gomes: Desde a direcção aos colaboradores, adoptamos uma máxima que é comungada por todos: “máxima liberdade, máxima responsabilidade”. Isto é de facto um factor diferenciador para nós. Queremos ter pessoas a trabalhar porque querem trabalhar, porque querem estar connosco, porque estão contentes com o ambiente de trabalho, que é o nosso, e não por obrigação. Para que isso aconteça, o que fazemos é, por um lado, dar muita flexibilidade e ,por outro, organização e responsabilização. Embora tenhamos prazos para todos os projectos, não somos uma empresa com linhas estritas e fechadas naquilo que é cada uma das funções, existe a liberdade para que cada um de nós vá um pouco mais além e possa demonstrar o que mais gosta de fazer. Porque não aceitar todas as mais valias?
Por outro lado, damos grande importância à informalidade. Somos uma empresa muito informal, com um cariz muito criativo. No entanto, quando me refiro a isto não é só o tratamento por tu e as calças de ganga, que também são importantes, mas todo o trato que as diferentes unidades têm umas com as outras. Desde as happy hours que fazemos depois das horas laborais aos fins-de-semana em que estamos juntos nos diferentes eventos. Para todos os efeitos, somos uma empresa de eventos e acabamos por ter oportunidade de nos encontrarmos fora do ambiente laboral.
IM : A participação nesses eventos é uma forma de manter o activismo das relações?
MJG: É sempre um desafio. Não serei muito romântica se disser que o segredo está em cada uma das pessoas que aqui trabalha e por isso temos que ser muito criteriosos na selecção que fazemos. Cada vez que entra uma pessoa nova é uma oportunidade de aproveitarmos novas formas de ver as coisas, de reagir e de comunicar com os outros. É esta abertura à diversidade que nos move aqui dentro. Temos pessoas com todos os tipos de background e isso traz diversidade, o que é muito importante para nós que estamos numa fase da vida de grande aprendizagem. Temos uma faixa etária média de 32 anos, somos esponjas a absorver experiências pessoais e profissionais. Por outro lado, apostamos fortemente na comunicação interna – muito fortalecida pela nossa newsletter – e em momentos a que chamamos disruptivos.
IM: O factor humano é então um dos principais critérios de selecção dos colaboradores?
MJG: É também um critério muito importante, mas as provas dadas pelos candidatos ao mercado são fundamentais. Quando não é possível fazermos essa análise, fazemos uma entrevista complementar. Para nós, pesa muito a experiência da pessoa e o seu perfil. Um activista para nós é uma pessoa que é adaptável, uma pessoa que faz as coisas acontecer e isso é analisado na fase de recrutamento. Até pode ser um grande crânio, mas se não for prático, não nos vai trazer grandes mais valias.
Isto é acima de tudo um projecto que requer interacção e força. Requer que todos nós acreditemos e partilhemos o sentimento de remar para o mesmo lado.
Historia da empresa
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IM: O facto de todas as paredes do espaço serem em vidro transparente faz parte da estratégia de interacção?
MJG: Esta disposição é fundamental para que haja uma interacção permanente. Enquanto estamos aqui a falar, há quem passe e faça caretas ou adeus. O facto das salas de reuniões serem em vidro não é por acaso. É uma forma de estar nossa. Esta transparência e partilha é importante. Somos oito unidades de negócio e se nos queremos afirmar pela diferença de ter uma oferta integrada no mercado a única forma de fluir informação entre nós é não criar barreiras.
IM: Depois desta distinção por parte do Great Place to Work Institute que projectos têm se manterem no ranking?
MJG: Há um grande desafio pela frente. Estamos a conjugar duas coisas muito importantes: um crescimento rápido da empresa e uma integração muito rápida de novas pessoas. Queremos manter situações que já acontecem, com os processos de acolhimento, o investimento na formação técnica, mas também comportamental. Abrir a possibilidade de todas as pessoas da equipa colaborarem nos eventos que fazemos e de viverem aquilo que vivemos com os nossos clientes. Queremos trabalhar cada vez mais numa lógica de office contribution.
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