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O meu nível de matemática é elementar, sempre imaginei a raiz quadrada com quatro arestas debaixo de terra e os números primos passando férias juntos na fazenda da avó em Taubaté. Mas mesmo assim ainda consigo fazer umas contas de cabeça e concluir que alguma coisa não vai bem quando de 900 subtraímos 30 e ficamos com 870.
Passo a explicar, embora a explicação não explique muito. O ultimo Festival do Clube de Criativos foi um sucesso de público, que lotou a tenda em Cascais e saiu de lá satisfeito, ainda que tenha havido um sobressalto numa bancada e um “ligeiro” apagão no fim da festa. Pois bem, ao dito evento estiveram presentes aproximadamente 900 pessoas, isso sem contar com as seis dançarinas, o Eduardo Madeira em versão Dèjá Vu, o palhaço, as acrobatas e os dois porcos no espeto, que não são gente mas foram muito populares.
Estavam representadas todas as áreas que compõem o nosso mercado: publicitários, designers, web designers, ilustradores, produtores de som, de imagem, fotógrafos, planejadores e estrategas, media planners, accounts e gestores de projeto, diretores de contas, estudantes e alguns mortais.
À data do evento o Clube contava com 30 sócios ativos e, feitas as tais contas, 870 potenciais associados.
Por sócios ativos entendo que sejam profissionais que dão manifesta importância à existência da dita associação ao ponto de, imagine só, pagar regularmente as quotas, havendo mesmo quem eventualmente participe diretamente nas suas atividades.
Os restantes 870 potenciais associados até dão importância ao Clube, ou não se dariam ao trabalho de marcarem presença no evento onde se entregam os prémios anuais de criatividade. É mesmo reconfortante vermos confirmado o prestígio que esses objetos dourados garantem aos que os vão buscar ao palco, ainda que alguns se arrastem até lá acima com ar tão cool que até parecem trôpegos de desdém, disfarçando como podem o orgulho de receber o troféu. Os menos tímidos fazem festa e até sorriem.
Se há até quem faça contas aos pontos recebidos mesmo antes da publicação dos premiados, para tentarem saber de antemão quais são as agências do ano, é porque consideram a premiação relevante para as suas carreiras, para as suas agências, para os seus clientes, para o seu negócio.
Isso não acontece por acaso. Há 14 anos que o CCP se preocupa em organizar o festival mais criterioso do mercado, com o apoio inequívoco de algumas empresas, de alguns profissionais e de 30 sócios.
O que para nós não é explicável é que não passe pela cabeça dos restantes 870 potenciais associados que até dão importância ao Clube descortinarem que se esse mesmo Clube tivesse mais sócios ativos poderia ser ainda mais útil à comunidade que representa. Não é matemática, é bom senso.
p.s. (agora ando com a mania dos pe-ésses) Para os que gostam do CCP tal como é, para os que não gostam, para os que acham que o CCP podia ser melhor ou até outra coisa, para os que têm vontade de fazer alguma coisa pelo mercado e até têm muitas idéias, organizem-se para assumir a Direção.
A partir da constituição de uma ou mais listas, e dos respectivos programas de gestão para os próximos 2 anos, levaremos a cabo as eleições (antes de Setembro). Habitualmente procura-se que na equipa estejam representadas as principais áreas criativas, com profissionais nas áreas da publicidade, design, digital, relacional, planejamento estratégico, ativação e meios. Dessa forma garante-se que os assuntos de cada ramo da comunicação sejam tratados convenientemente com os conhecimentos técnicos e humanos específicos. Mas esta lógica pode ser posta em causa, caberá aos próximos candidatos decidirem como fazer.
Já agora, contem conosco (geral@clubecriativos.com) para facilitarmos todas as informações que achem necessárias.
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