No rescaldo de mais uma Olimpíada, após cerca de duas semanas como um dos assuntos prioritários nos media, é fácil entender a força e importância da sua marca. Utilizando o exercício efectuado pela Brand Finance, caso fosse analisada no âmbito do seu ranking Global 500, a marca Jogos Olímpicos seria a segunda marca mais valiosa, com um valor que ronda os 47 biliões de USD, apenas ultrapassada pela Apple e à frente de marcas como a Google ou Microsoft.
De facto, numa altura em que a Grécia está na ordem do dia, pelas piores razões, a marca Jogos Olimpicos é marca multinacional de origem grega mais valiosa do mundo, 134 vezes mais valiosa que o Banco Nacional da Grécia!! Pena que não possam contar com as suas receitas!
Mas o que faz esta marca tão valiosa?
A sua formidável capacidade de gerar receitas e a sua globalidade, fazem dela uma das marcas mais valiosas. De facto os números por detrás dos Jogos Olimpicos são impressionantes:
Revenue |
2001-2004 |
2005-2008 |
2009-2012 |
Estimated 2013-2016 |
|
USD Millions |
USD Millions |
USD Millions |
USD Millions |
||
Broadcasting |
2,229 |
2,567 |
3,875 |
4,559 |
|
Sponsorship |
759 |
1,038 |
1,127 |
1,353 |
|
Other |
134 |
127 |
141 |
166 |
|
Total |
3,122 |
3,732 |
5,143 |
6,078 |
|
Administrative Costs |
(331) |
(372) |
(482) |
(554) |
|
Available for distribution |
2,792 |
3,360 |
4,661 |
5,524 |
A evolução das receitas referentes a direitos televisivos (crescimento superior a 50%) e dos patrocínios (apesar da crise cresceram mais de 8%) prova a força que a marca tem e a importância que os seus patrocinadores lhe conferem. A título de exemplo, a Procter & Gamble espera atingir um aumento extra de 500 milhões em vendas pelo efeito Londres 2012, tendo já assistido a um efeito semelhante pelo patrocínio aos Jogos Olímpicos de Inverno em Vancouver, realizados em 2010, e que se cifrou num crescimento de cerca de 100 milhões.
Adicionalmente, é expectável um crescimento das receitas no países emergentes, tendência que se verificou com os jogos de Pequim em 2008 e se acentuará com os do Rio de Janeiro em 2016, o que conjugado com a sua baixa penetração actual (apenas cerca de 12% das receitas televisivas são da Ásia) potenciam a sua sustentabilidade e baixo risco no médio e longo prazo.
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