O futuro traz novas rotas para o turismo mundial e crescimentos de 2 a 3% ao ano. Segundo alguns dos especialistas nacionais e internacionais do setor, ao nível dos mercados, a tendência são os países emergentes, com a China e Rússia a emitir o maior número de turistas para a Europa nos próximos anos.

Uma oportunidade para os operadores e países que souberem ajustar os seus produtos às necessidades desta nova procura. Portugal, cuja imagem enquanto destino turístico não foi afetada pela crise económica, segundo o barómetro do IPDT – Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo, pode aproveitar as suas valências culturais para se posicionar com relevância junto desta nova procura.

O governo garante que está atento a estas tendências e oportunidades e que tem vindo a investir em iniciativas e projetos que mais dos que os números das chegadas, quer conquistar receitas, através de nichos com elevado poder de compra.

Neste redesenhar da oferta nacional a novos segmentos de mercado está a aposta no surf. O setor movimenta, segundo a entidade reguladora do surf em Portugal, qualquer coisa como 300 milhões de euros. Trata-se de um produto que parece não ter época baixa e surge como uma oportunidade para o Turismo de Portugal, integrada na nova política de promoção, mais focada em “produtos específicos”.

De acordo com os especialistas em macrotendências no turismo, a par do segmento low cost, o luxo continua a crescer e a reinventar-se enquanto segmento. Hoje a experiencia da exclusividade, faz toda a diferença numa oferta que se posiciona muito além do conceito de 5 estrelas. Uma realidade que quisemos aprofundar com o Grupo Sana, com a inauguração da sua primeira unidade de Luxoem Portugal. O Myriad, apesar do contexto de crise, conta com um investimento de 70 milhões de euros e é visto como uma resposta a uma tendência com elevado potencial.

A marcar a atualidade do setor estão também algumas uniões e fusões entre grandes grupos hoteleiros. Dizem também os analistas do turismo, que uma das lições que esta crise trouxe foi o valor das parcerias. Novas marcas de promoção no setor da hotelaria, como a Altis Blue&Green que une os grupos portugueses Altis Holtels e Amorim Turismo ou o Grupo Lágrimas com o Alexandre de Almeida que criaram a marca Thema.

Sentimos também o pulso a esta tendência para perceber: qual o objetivo destas parcerias, em que moldes foram estabelecidas, como serão comunicadas estas novas marcas e em que mercados.

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