É considerado um setor barómetro da economia, pelo que não é surpresa que nos últimos anos tem sido um dos mais afetados pela recessão económica e pela crise do crédito, com quebras nas vendas da ordem dos 50%. 2012 ficou para a história do setor automóvel por ter sido o pior ano de vendas dos últimos 27. No entanto, nos primeiros nove meses deste ano parece ter surgido uma luz ao fundo do túnel para os agentes do setor, dado o crescimento de 5,7% registado na comercialização de viaturas.
Esta variação positiva foi impulsionada mais pelas vendas rent-a-car e pela renovação de frotas empresariais do que propriamente pela compra de carro novo por parte dos particulares. A forte aposta das marcas em campanhas publicitárias tem também representado um cinto de segurança para este setor que, apesar de tudo, continua a ter um peso significativo na economia nacional. Afinal de contas, segundo a ACAP, a Associação Automóvel de Portugal, a indústria automóvel representou no ano passado um volume de negócios de 12,6 mil milhões de euros, sendo um importante exportador e o principal contribuinte líquido em termos de receitas fiscais do Estado.
Nesta reportagem, através da entrevista realizada em exclusivo ao Secretário-Geral da ACAP, ficámos a saber que curvas é que o setor automóvel terá de contornar nos próximos tempos para voltar a atingir a velocidade certa.
Entrevista:
Hélder Barata Pedro – Secretário Geral ACAP
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