Legenda: Campanhas Ministério da Administração Interna (3 primeiras), campanha WWF, campanha MAI
Os incêndios que estão a queimar Portugal marcam a actualidade e os dados avançados pela Autoridade Florestal Nacional (AFN) são alarmantes, apesar das campanhas de prevenção que todos os anos tentam alertar para os perigos do fogo.
O Imagens de Marca mostra-lhe algumas das campanhas que já foram realizadas por diversas entidades e onde o objectivo era um só: a prevenção.
Segundo uma fonte (que pediu anonimato) do Ministério da Agricultura, que tutela a AFN, contactado pelo Imagens de Marca, este ano estão no ar os anúncios do ano passado, e explica a inexistência de uma nova campanha com o actual momento económico vivido em Portugal.
Quanto à eficácia destas campanhas, a mesma fonte reconhece que têm “alguma”, e a prova disso é a redução de área ardida que se tem registado ao longo dos últimos anos. “Trata-se de campanhas bem feitas, com mensagens importantes e que fazem as pessoas pensar”, acrescenta. No entanto, lembra que “para os incêndios contribuem alguns factores sociais a que as campanhas, por si só, não chegam”.
Este ano, durante os últimos dias, pelo menos dois bombeiros faleceram e outros ficaram feridos, diversas viaturas de combate a incêndios ficaram danificadas, há populações em perigo e muitas pessoas viram já destruído aquilo que levaram uma vida inteira a pôr de pé. E, só na segunda quinzena de Julho, o número de fogos passou de 5.130 para 8.753 e a área ardida aumentou 15.128 hectares – passou de 4.218 para 19.346 hectares.
Apesar da vaga de calor que assola o país, e que em nada ajuda o combate aos incêndios, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, afirmou ao jornal Público que a área ardida é inferior aquela que foi registada em 2003 e 2005, os piores anos de incêndios registados em Portugal, desde 1980.
Os piores anos desde 1980
2003 – 425.726 hectares |
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