No Dia Internacional da Convenção dos Direitos da Criança, as Aldeias de Crianças SOS lançaram, em mais de 60 países, uma campanha que pretende trazer à luz o grave problema do elevado número de crianças que crescem sozinhas, sem cuidados parentais.

A mensagem de alerta e sensibilização é transmitida através de um vídeo que apela a uma ação conjunta. Algumas crianças são abandonadas pelos pais, outras rejeitadas pelas suas comunidades e outras ainda negligenciadas pelo Estado. Se os direitos e necessidades de uma criança não são assegurados, então a criança está sozinha, explica a organização em comunicado.

Estas crianças e jovens podem já ter um ambiente familiar, mas correm o risco de o perderem, ou podem não ter família e apresentar essa necessidade. As estatísticas mostram que este número de crianças sem cuidados parentais está a aumentar. Em Portugal, em 2015, foram retiradas às suas famílias 8.600 crianças, mais 130 que no ano anterior.

Em Portugal, já cresceram mais de 500 pessoas nas três Aldeias SOS, nos últimos 50 anos. Atualmente, estão acolhidas cerca de 120 crianças, em 17 casas, e com média de idades de 14 anos. A taxa de sucesso escolar das crianças e jovens acolhidas no nosso país é de 88%, estando 92% a frequentar a escola e 7% em busca de emprego ou já a trabalhar.