Este mês neste nosso Portugal Genial fomos à descoberta da genialidade das obras que se inspiram na arte popular portuguesa. O trabalho do artista outsider Idalécio serve de ponto de partida para uma reportagem em que abordamos as potencialidades ainda por explorar desta arte mais bruta, sem litros, que expressa as tradições dos nossos antepassados, mas que simultaneamente se apresenta hoje com um carácter contemporâneo.
É na Galeria Cruzes Canhoto, no Porto, que decorre a exposição deste artista auto-didata. O metalúrgico sexagenário dedicou-se ao longo da sua vida ao desenvolvimento de esculturas e quadros, que se inspiram fortemente na arte popular portuguesa. Nas suas peças, Idalécio “recupera alguns dos elementos e motivos do imaginário rural, em que o sagrado e o profano seguem quase sempre a par, para desferir duras e sarcásticas críticas aos poderes instituídos, em especial aos herdados da cultura judaico-cristã”, pode ler-se no livro que dá destaque ao seu trabalho, lançado em simultâneo com a exposição.
O jornalista Francisco Branco esteve à conversa com um dos responsáveis do coletivo Cruzes Canhoto, José Carlos Soares, para conhecer alguns dos detalhes desta aposta – é a segunda exposição de Idalécio neste espaço -, e entrar no universo desta galeria única na Península Ibérica, que reúne no mesmo local obras de arte bruta, primitiva e popular.
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