“Paris é hoje a capital do mundo”. Foram estas as palavras do presidente francês Hollande que fazem hoje as manchetes dos principais jornais internacionais. Milhões saíram à rua numa manifestação contra o terrorismo, em resposta ao atentado ao semanário Charlie Hebdo. Líderes de vários países do mundo juntaram-se a esta causa, assumindo rever o controlo das fronteiras externas e, sobretudo, dos sites da internet. De acordo com a Exame Brasil, os incidentes de Paris estão a preocupar marcas e empresas devido há possível deterioração da confiança dos consumidores e investidores. O site refere mesmo que um dos setores que mais teme consequências é o do turismo, já que a França é considerado o país mais visitado do mundo, com 83 milhões de turistas por ano, representando 7% da economia francesa. Depois da notícia de que a economia do Reino Unida teria ultrapassado a da França, os hoteleiros franceses dizem temer o afastamento dos turistas, especialmente os de classe média ascendente de países emergentes.
A situação de Paris gerou uma forte onda de solidariedade mundial por parte das marcas, como a Google e o jornal “The Guardian” que afirmam contribuir economicamente para a subsistência do semanário Charlie Hebdo, que já anunciou um milhão de tiragens na próxima quarta-feira. De acordo com o Marketing Direto, o grupo inglês Guardian Media Group promete doar cerca de 130 mil euros enquanto que a Google diz reverter com mais de 250 mil euros. De facto, a Google quer assumir-se não só como uma marca solidária mas também inovadora. O Adnews Austrália refere que o maior motor de pesquisa vai apostar numa nova função que permite aos anunciantes saber quando o seu anúncio é visto, ajudando-os a identificar possíveis consumidores. De acordo com o site, esta nova função irá aumentar o “turbo” dos anúncios publicitários do site através de um relatório, uma notícia que procura contrariar a recente queda de quota de mercado nos motores de busca dos Estados Unidos.
O turismo em Portugal também parece estar ameaçado. De acordo com os órgãos de comunicação social portugueses, o Estado decidiu entregar a privados a gestão de 25 Pousadas da Juventude. O Jornal de Negócios refere que até junho, o Estado português vai deixar de ser gestor hoteleiro de metade da rede das Pousadas de Portugal pelo facto de ter recebido “uma herança de 17 milhões de euros de buraco” e de ter visto muitas pousadas a precisar de requalificação devido à “descurada manutenção e modernização dos espaços existentes”. Apesar disto, são muitas as referências positivas que têm sido feitas à marca Portugal, desta vez vindas do New York Times. De acordo com o Dinheiro Vivo, o Alentejo foi considerado pelo jornal norte-americano como um dos 52 destinos mundiais a visitar, durante este ano, destacando o vinho, gastronomia e céu estrelado da região.
Ainda no setor do turismo, o Público dá destaque ao lançamento do site de alojamentos turísticos da National Geographic. De acordo com o suplemento do jornal, Fugas, de retiros no topo de montanhas e falésias, a cabanas no meio de florestas tropicais ou ilhas paradísiacas, a National Geographic Society irá lançar um novo estilo de alojamentos luxosos com preocupações sustentáveis. Costa Rica, Austrália, Marrocos, Tanzânia ou Chile são alguns dos locais escolhidos para proporcionar uma “experiência única, de elevada qualidade, que adota práticas de turismo sustentável”. Única é também a experiência que a NASA promete criar. De acordo com a mesma fonte, a agência espacial norte-americana divulgou trabalhos gráficos inspirados nas recentes descobertas: posters turísticos de planetas descobertos com o telescópio Kepler. “Podemos não estar sozinhos”, referem os criativos,“estamos a entrar numa nova fase da humanidade e pensámos, de forma natural, como seria visitar estes planetas e que seria divertido fazer uns cartazes turísticos”. Cartazes que são, no mínimo, inovadores.
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