6 de março de 2012

Tréguas na guerra da espuma, um brinde à união!

O setor sente-se muitas vezes ignorado pelas autoridades e é, segundo António Pires de Lima, presidente da Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja, “ um setor fundamental para a economia. Porque é um setor integrado e a sua produção está totalmente radicada em Portugal”.

A APCV reuniu-se hoje em Lisboa para o Fórum “Brinde à Cerveja!”. O primeiro passo para mostrar aos portugueses o que esta indústria representa para a economia nacional. Os números dão que pensar: contribui com 1,1 mil milhões de euros para o PIB, é responsável por mais de 75 mil postos de trabalho, dinamiza mais de 1 100 empresas portuguesas como fornecedores, paga mais de 500 milhões de euros em impostos ao estado e representa mais de 200 milhões de euros em exportações.

 A sala das cavalariças do Pestana Palace encheu-se dos mais importantes representantes de toda a fileira do setor: desde a ACAP – Agricultores de Portugal, à BA vidros -indústria do vidro, passando pela APED – Associação Portuguesa de Empresas da Distribuição, a AHRESP e ainda a presença de membros do governo, Pedro Reis, presidente do AICEP e de António Almeida Henriques, Secretario de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional.   

É perante o governo que o setor mostra que está unido e apela para que a curto-prazo se reveja o aumento do IVA na restauração para 23%. Trata-se de uma situação que penaliza o consumo fora de casa, que em 2011 caiu cerca de 10%. A Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja afirma que está disposta a continuar a ajudar o país, nomeadamente nas exportações, mas não quer ser esquecida nas decisões do governo no apoio às empresas.

Pedro Reis, presidente do AICEP, reconhece que este é um setor emblemático de como Portugal “faz bem”, e apontou duas grandes mudanças que o setor introduziu para superar os desafios do mercado: a inovação ao nível do produto e processos de produção e a internacionalização, com particular destaque para os países de língua oficial portuguesa, em que Angola é o caso paradigmático. Mas tanto Pedro Reis do AICEP como o Secretario de Estado Adjunto da Economia falam da necessidade de este ser o momento do “empurrão coletivo”, em que as grandes empresas como as cervejeiras têm que ajudar as pequenas e médias empresas a entrar nos mercados externos, porque a exportação, acrescentam, “é um desígnio nacional”.

A campanha “Brinde à Cerveja” é também um investimento de todos os players para estimular o consumo da categoria. Além de várias ações, esta campanha apresenta dois filmes institucionais que quantificam a relevância e o contributo real que a indústria dá à economia portuguesa. Imagens e números para ver nos quatro canais de televisão generalistas.
 

Cervejeiros portugueses desejam felicidades a Alberto da Ponte

O setor ouviu o Presidente Executivo da Sociedade Central de Cervejas falar do peso da indústria, enquanto Presidente da The Brewers of Europa, a associação europeia de cervejeiros. No final, com aplausos, Alberto da Ponte, ouviu António Pires de Lima, em nome do setor, agradecer o notável trabalho que, ao longo de 8 anos, o líder da concorrente Sagres desenvolveu e a competição altíssima que soube impor. Pires de Lima desabafou mesmo: “desejo-lhe as maiores felicidades, mas vejo-o partir, confesso, com algum alívio”.

Veja a entrevista de Alberto da Ponte ao Imagens de Marca, sobre a sua saída e os desafios da SCC, num futuro próximo.

Uma reportagem a não perder este sábado, às 17:30, na SIC Notícias.

 

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Jornalista: Maria José Martins; Reporter de Imagem: Patrique Almeida

Comentários (1)

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