De que forma é que as empresas conseguem inovar ao recorrer às tendências de comportamento do consumidor e do neuromarketing? Foi este o ponto de partida para a conferência «TIN», realizada este fim-de-semana em Lisboa, e que juntou académicos, empreendedores e especialistas da área.
Entre os principais convidados desta conferência esteve Carl Rohde, líder da Science Of The Time, uma rede virtual internacional de mercado e de investigadores de tendências. Carl Rohde começou por afirmar que neste mundo onde todos estão a competir ao mesmo nível é absolutamente necessário ser-se cada vez mais criativo e inovador.
Mas o que é preciso para ter estas características? Segundo Carl Rohde, “é necessário conhecer as tendências e perceber realmente o que é que as pessoas querem”. É imprescindível a prática do “cool-hunting”.
O “cool-hunting” foi criado na década de 90 pelo Future Concept Lab e tem sido utilizado pelos profissionais do marketing para definir a pesquisa e identificação das últimas tendências do mercado. Os “cool-hunter’s” não se restringem apenas à moda. Estes profissionais trabalham em áreas como a publicidade, o design ou a tecnologia e estão espalhados por todo o mundo, procurando identificar novas manifestações na rua, na internet ou em qualquer outra forma de comportamento que possa gerar um movimento significativo num grupo relevante de pessoas.
Depois de apresentar alguns exemplos que se destacaram pela sua inovação e capacidade de provocar reacção num conjunto alargado de consumidores, como este anúncio da TNT ou a ação levada a cabo pela T-Mobile, Carl Rohde perguntou ao auditório o que havia comum entre estes exemplos. Da audiência veio uma resposta: a experiência.
Segundo Carl Rohde, estes exemplos são atrativos e eficazes na comunicação com o seu público. Traduzem aquilo que os consumidores desejam: “não buscam produtos, mas sim experiências.” Num mundo em que o consumidor está imerso em publicidade, é urgente as marcas encontrarem novas formas para comunicar com ele, que o leve a comunicar com outros, transformando-o num verdadeiro propagante da marca.
Esta “economia da experiência” foi igualmente destacada por Salomé Areias, analista de tendências e Trandwatcher da Science of The Time. Segundo Salomé, “as gerações mais novas não pretendem comprar. O seu primeiro drive não é comprar coisas, não é tê-las, não é possui-las, mas é principalmente a experiência que advém delas”.
Neste dia de análise ao comportamento do consumidor, Fernando Rodrigues, especialista em Neurociência do Consumidor, trouxe para cima da mesa o “Neuromarketing”.
Quando as empresas querem que compramos os seus produtos e serviços em detrimento da concorrência, o “Neuromarketing” surge como uma ferramenta essencial para que cada empresa consiga angariar o maior número possível de consumidores. O “Neuromarketing” é uma nova disciplina que visa perceber os desejos e motivações das pessoas através do estudo das reacções neurológicas a estímulos externos.
Resumidamente, o seu objetivo é criar produtos ou serviços de forma mais eficaz e campanhas de comunicação mais centradas nas respostas do cérebro.
Para perceber, de facto, porque é que o “Neuromarketing” é importante para o marketing nos dias de hoje e como é ele se articula na estratégia das empresas, o Imagens de Marca entrevistou, em exclusivo, Fernando Rodrigues. Convidamo-lo a ver esta entrevista em cima.
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