O anúncio foi feito por Zeinal Bava, presidente executivo da PT, durante a apresentação do Fórum TDT, que a empresa acaba de criar juntamente com os operadores de televisão RTP, SIC e TVI. Um Fórum que pretende ser um pólo central de informação sobre a Televisão Digital Terrestre e ao mesmo tempo “preparar os portugueses para o switch off”, explicou o responsável da PT, na mesma conferência em que avançou que a PT pretende “assegurar a televisão da próxima geração, em termos piloto, em oito a dez regiões de Portugal, esperando que no final do ano abranja 80% da população”.

“Hoje, apenas 40% dos portugueses têm acesso ao digital, estando a PT a trabalhar em relação aos restantes 60%, tentando garantir que todos tenham acesso à experiência do digital”, adiantou o presidente executivo da Portugal Telecom.

O Fórum TDT, presente em http://tdt.telecom.pt, tem como objectivos principais a “divulgação e sensibilização para uma eficaz transição da televisão analógica para a televisão digital”, bem como servir de “elo de ligação entre a industria e os utilizadores”, explica a PT.

SIC e TVI reforçam importância do apoio do Estado
“Os operadores televisivos serão obrigados a transmitir em alta definição, o que implica a continuação de avultados investimentos em equipamento e formação de pessoas. Também aqui deve competir ao Estado apoiar esses investimentos”. As palavras são de Francisco Pinto Balsemão, presidente do conselho de administração da Impresa, durante a apresentação do Fórum TDT, no emissor de Monsanto da PT, e que contou ainda com a presença de representantes dos restantes operadores televisivos.

Balsemão relembrou ainda que a transição do sinal analógico para o digital vai implicar aos consumidores – aqueles cujos aparelhos televisivos não suportem o sinal digital – a aquisição de “set up boxes”. Um investimento que algumas famílias mais desfavorecidas talvez não possam suportar. Daí que o presidente da Impresa sublinhe: “Não peça aos operadores de TV que se responsabilizem pelos custos que essa subsidiação implicará”.

Por sua vez, Miguel Gil, administrador da TVI, referiu que a Televisão Digital Terrestre am Portugal “não pode ser resultado só de investimento do poder público”, deve ser “uma acção conjunta entre público e privado”. AB

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