A Amway, empresa do setor de venda direta, apresentou a VI edição do Relatório Global de Empreendedorismo (AGER), um estudo realizado todos os anos, a nível mundial que foca as principais tendências, receios e motivações de diversas comunidades.
A grande conclusão deste ano assume que apenas 16% dos portugueses consideram a sua sociedade favorável ao empreendedorismo, posicionando-se no penúltimo lugar de uma lista total de 44 países. Uma conclusão que segundo a empresa não surpreende, visto que nos relatórios de 2014 e 2013, Portugal também esteve nos últimos lugares do ranking. Este ano e com dados ainda mais baixos que Portugal, apresenta-se a Bulgária, no fim da lista, um país onde apenas e 8% da população inquirida considera a sua sociedade propícia para criar um negócio.
Comparativamente à média europeia de 46% e à média global de 50%, a opinião dos portugueses em relação à forma como a sociedade apoia a criação de um negócio próprio, é negativa. Quanto à população mais jovem inquirida, os atuais Millennials, 80% assumem que a sociedade portuguesa é hostil à criação do próprio negócio, uma percentagem igualmente baixa quando comparada com a média global de jovens, que responde com 53%.
As conclusões mais positivas do estudo continuam a estar relacionadas com a atitude para empreender e o potencial para o fazer. A maioria dos portugueses continua a assumir uma atitude positiva perante a criação do próprio emprego, que este ano obteve 57% de respostas positivas. Quanto ao potencial para empreender, Portugal obteve 39% de respostas positivas, curiosamente um valor pouco mais alto que a média europeia, de 38%. A nível mundial a percentagem é ligeiramente superior, com a média de 43% dos participantes a assumir que se imagina a criar o seu próprio negócio.
Quantos às motivações perante a criação do próprio emprego, as razões maioritárias dos portugueses inquiridos continuam as mesmas do ano transato: ser o seu próprio chefe (45%), regresso ao mercado de trabalho e autorrealização (ambas com 30%), obtenção de uma segunda fonte de rendimento (15%) e conciliação entre trabalho e família (13%). Analisando as respostas dos outros países, a primeira posição é praticamente a mesma: ser o próprio chefe, mas quanto à segunda posição – regresso ao mercado de trabalho – Portugal foi o único país do estudo a indicar este motivo em 2º lugar.
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