30 de novembro de 2012

Reportagem

Nem é necessário entrar nas lojas, nos espaços de comércio ou nos centros comerciais para perceber a azáfama em que se encontram os portugueses. O trânsito é um dos primeiros sinais de que a população está em burburinho com a tão anunciada chegada do Natal e, posteriormente, do ano novo.

 

Compras, prendas e presentes são a prioridade máxima daqueles que se aventuram numa corrida contra o tempo. As listas são grandes, como sempre. Afinal, é necessário ter a ceia de natal bem composta e não desiludir nenhum amigo ou familiar sem a aguardada lembrança.

 

Mas em ano de crise, como se estão a comportar os portugueses nesta área? E se uma resposta final só pode ser dada quando o ano novo começar, a verdade é que os estudos já divulgados mostram tendências e padrões de consumo. Quanto gastam? Como gerem o orçamento de Natal? Onde e o que compram? Estas são algumas das questões que as empresas de auditoria pretendem responder.

 

 

António Gomes afirma que “quando perguntamos às pessoas o que pensam fazer, sendo que a maioria das pessoas não pretende reduzir os seus gastos tanto com a festa ou o planeamento da festa de natal nem com as prendas, em bom rigor temos uma percentagem com algum significado que pretende faze-lo. Nomeadamente de 42% em relação ao planeamento das festas e de 46% em relação à compra das prendas de natal”. O vice director-geral da GFK, referindo-se aos números do estudo que analisa o consumo natalício dos portugueses, explica que “estamos a falar de um planeamento de 180 euros em média. Isto para a totalidade da população portuguesa, apesar de haver diferenças com algum significado. Por exemplo, as classes sociais mais altas pretendem gastar quase o dobro das classes sociais mais baixas numa proporção de 130 para 260 euros”.

 

 

Estratégia para captar consumidores

 

 

Se as classes sociais mais baixas sofreram quebras no orçamento destinado ao Natal, também as classes sociais mais altas foram afectadas. E o comércio tradicional, destinado a este target, desenvolve acções com o objectivo de reforçar o negócio na época festiva. A rua Castilho, espaço onde marcam presença nomes como La Perla, Loja das Meias, Stivali ou Max Mara, pretende assumir-se como a artéria com mais glamour da cidade, e por isso foi criada a Castilho Fashion Street. Uma iniciativa com cariz comercial, cultural e social que se vai prolongar durante 2010 mas que aposta fortemente no Natal.
Rui Ventura, porta-voz do projecto, afirma que “o nosso objectivo é dar vida e força à zona e afirmá-la como uma marca da moda exclusiva portuguesa onde cada loja tem o seu próprio programa de entretenimento que vai da música a acções de maquilhagem a cocktails e sessões de pintura”.

 

 

Mas o que vamos oferecer?

 

 

A dúvida paira sobre as cabeças de muitos consumidores. O que oferecer nesta altura e qual a melhor escolha?

 

Segundo o estudo divulgado pela Deloitte, os livros são a prenda eleita por mais de 54% dos inquiridos de um estudo realizado em 17 países europeus. A segunda opção recaí sobre as roupas e sapatos mas quase 48% prefere mesmo receber dinheiro vivo.

 

Centros comerciais, lojas especializadas e hipermercados. Estes são os locais eleitos para as diferentes compras, mas Luís Belo, Partner da Deloitte explica que “os portugueses claramente vão registar uma alteração dos padrões de consumo, vão privilegiar os bens que tem mais utilidade em detrimento da futilidade, vão privilegiar os bens duradouros em vez dos bens efémeros e vão fazer compras mais racionais, conscientes mais planeadas e menos compras por impulso. Aliás, 42% referiu que as compras por impulso não vão ter lugar este ano”.

 

Mesmo assim, os hipermercados ganham vantagem. Depois da ceia de natal, há que preparar a noite de ano novo e comprar todos os ingredientes para entrar no ano novo com o pé direito.

Avalie este artigo 1 estrela2 estrelas3 estrelas4 estrelas5 estrelasDevem ser muitos poucos os portugueses, casos raros até, que respondem negativamente a esta pergunta. Em especial no mês de Natal.

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