21 de outubro de 2009

Reportagem

Os exemplos dados são vários, mas, no final, é a valorização e a retenção do capital humano que se assume como objectivo principal. Da fomentação de uma “cultura positiva”, do “personal training” ao “coaching”, é a retenção de talento que pode levar as empresas a marcar a diferença no mercado. A ideia é retirada do primeiro painel do 8º Seminário de Reflexão Estratégica da Centromarca. “Capital humano e talento. Equipas fortes que fazem a diferença” foi o tema da primeira conferência do dia, que contou com os casos da Cisco, Mars, Pepsico/Matutano e Renova.



“Baloiços na empresa”
Apostar na formação e bem-estar dos colaboradores parece prática comum às diferentes estratégias de gestão do capital humano, nas empresas convidadas pela Centromarca. Ainda que cada uma o faça à sua maneira. Paulo Pereira da Silva, presidente da Renova, explica que na empresa existe desde logo uma “cultura do positivo” e, a dar exemplos práticos dessa política, conta que na Renova foram instalados baloiços em vários espaços. “Existem mesmo reuniões a acontecer nesses baloiços”, sublinha.



Uma medida criativa numa empresa que vê como “fundamental” a existência de “um viveiro de ideias novas”, tal como afirma Paulo Pereira da Silva.



 


“Personal Training”
Já Malte Damman, da Mars Portugal, conta que é tão importante atrair como reter o talento nas empresas. Na atracção de capital humano, o responsável conta que essa pode ser conseguida tanto junto das universidades, como nas redes sociais, ou através do “mouth to mouth” dos próprios colaboradores (que no caso da Mars são 66 mil a nível mundial). Por outro lado, a retenção e manutenção desse capital é igualmente importante. De acordo com Malte Damman, na Mars “um dos pilares fundamentais” assenta na liberdade para actuar. Além disso, a empresa investe na formação dos colaboradores, através de “Personal training”.



“70, 20, 10”
“Uma forma positiva de estar no mundo”. É assim que João Costa, director-geral da PepsiCo/Matutano, caracteriza a “forma de estar” da empresa. Considerada este ano uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal – em sétimo no ranking do Great Place to Work Institute – a Pepsico estabelece um plano cuidado e especifico de integração na empresa para os novos colaboradores. “A integração de uma pessoa na nossa empresa pode durar entre dois meses a dois anos”, conta João Costa, adiantando que o modelo de formação dos funcionários na Pepsico assenta num esquema de “70, 20, 10”. 70 por cento da formação acontece com a prática da função, 20 por cento através de um “coach”, de um responsável pela integração do colaborador na empresa, e 10 por cento através de treino formal.



“Bancada de líderes”
“Onde estão os líderes de amanhã? Estão onde nós os conseguirmos desenvolver”. A pergunta e resposta são de Carlos Brasão, presidente da Cisco Portugal, que fala numa “responsabilidade de topo dos líderes actuais” que é “o desenvolvimento de novos líderes”. De acordo com este responsável o talento, depois de identificado, deve ser colocado numa “bancada profunda de pessoas capazes de formar para a liderança”.

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