30 de novembro de 2012

Reportagem

 

Imagens de Marca: Está a decorrer mais um Workshop de Web Marketing. Em que consiste o workshop? Quem participar o que vai encontrar?

 

Gabriel Augusto: O Workshop tem como tema “Web Marketing – Atitude Positiva em Tempos de Crise”. É uma acção de sensibilização para a evolução do comportamento do consumidor e do mercado, com apresentação de soluções de Web Marketing de baixo custo mas de elevado impacto que as empresas actuais podem implementar imediatamente para potenciar o seu negócio. Mais do que nunca, durante este período de instabilidade, as marcas devem avaliar os seus investimentos em Marketing, privilegiando soluções reactivas com custos controláveis e resultados mensuráveis, para que o ROI seja mais elevado. Acreditamos que os cortes no orçamento não implica obrigatoriamente uma comunicação menos eficaz, porém importa adaptar o modelo e focar no essencial que gera efectivamente resultados.

 

A agenda do workshop não prevê nenhuma fórmula mágica para vencermos a crise, mas apresenta algumas soluções que podem auxiliar as marcas durante este período e que elas próprias podem implementar. De entre as várias possibilidades no mundo do marketing digital e, mais especificamente, do Web Marketing, optámos por focar duas temáticas: marketing nos motores de busca (nas vertentes SEO – Search Engine Optimization – e SEA – Search Engine Advertising) e nas redes sociais. São componentes do Web Marketing que têm vindo a ganhar cada vez mais visibilidade, mas ainda são poucas as marcas em Portugal que exploram todo o seu potencial, umas por falta de planeamento, outras por desconhecimento.

 

 

O consumidor evoluiu e é da nossa responsabilidade, como gestores de marca, adaptar o nosso modelo de marketing à nova realidade: o que fazemos, como fazemos e onde fazemos.

 

O Web Marketing não é novo. Com efeito, temos vindo a verificar nos workshops decorridos que muitos dos participantes já estão consciencializados para a mudança e já praticam algumas das soluções. Este facto tem levado a alguns momentos de partilha de experiências que acabam por enriquecer bastante as acções.
Devido à elevada adesão verificada na primeira edição em Lisboa, decorrida em Maio, decidimos repetir a acção em Setembro, no Porto (dia 22) e em Aveiro (dia 29). Já fomos convidados para novas edições a agendar para o mês de Novembro, em Braga, Porto, Aveiro e Lisboa, entre outras localidades.

 

 

IM: Neste workshop referem uma atitude positiva em tempos de crise. Como se encara com positivismo na actual conjuntura?
GA:
As organizações devem encarar a crise como um desafio que pode constituir um verdadeiro mercado de oportunidades. As empresas que estiverem preparadas serão as primeiras a agarrar as oportunidades na retoma económica que se avizinha. Para além disso, num mercado em que a concorrência tende a praticar cortes nos investimentos de marketing (entre outros), as marcas que continuam a consolidar a sua comunicação durante a recessão, tenderão a aumentar a sua quota de mercado e o retorno deste investimento será provavelmente muito mais significante do que num período de estabilidade económica.
A nossa proposta não se prende com nenhum aumento de investimento, porque reconhecemos que a maioria das organizações está em fase de contenção. Pretendemos reforçar a importância da adaptação do modelo de marketing e destacar soluções alternativas. As novas palavras de ordem são “mensurabilidade”, “controlo”, “reactividade” e “retorno”. Soluções com resultados mensuráveis de forma simples e transparente permitem um controlo contínuo para uma avaliação eficaz do retorno do investimento. A possibilidade de optimização constante das acções com base nos resultados, coloca as marcas numa posição de elevada reactividade com níveis de retorno de investimento muito mais interessantes.
Independentemente do orçamento disponível, as marcas podem estar junto dos seus consumidores durante este período e fortalecer a sua relação. A tecnologia já existe e os consumidores já aderiram, só depende da marca.

 

 

 

IM: Qual o estado actual do Web Marketing?
GA:
O Web Marketing não é novo. Actualmente, o que importa explorar é o novo consumidor e a forma como a Web pode potenciar o negócio das organizações junto do seu público-alvo. Falamos de plataformas, meios e tecnologias ao dispor de qualquer pessoa ou marca que apenas obrigam a uma adopção de um novo modelo de marketing e comunicação.

 

As estratégias das marcas necessitam de se adaptar à comunicação entre consumidores tendo a marca como suporte e não apenas com os consumidores tendo a marca como veículo de interacção entre a empresa e os seus mercados. Já não se trata, pois, de vender uma marca, mas afiliar os consumidores, envolvendo-os numa relação de confiança e compromisso de construção da marca. A Web tem todo o potencial para estimular uma troca recíproca e comunitária, enquanto os media tradicionais praticam uma comunicação essencialmente unilateral, na qual os receptores (consumidor) estão isolados uns dos outros. Mais do que nunca, os consumidores actuais assumem um papel de importância na consolidação das marcas e sabem o valor da sua contribuição. No lado as empresas, há que identificar formas de gerir a sua reputação e identificar potenciais embaixadores da sua marca, ajudá-los a falar mais alto e aprofundar esta relação nas comunidades que realmente interessam.

 

 

 

IM: O Web marketing está a ganhar terreno em relação aos outros meios?
GA: A importância que o Web marketing tem vindo a ganhar ao nível de orçamentos, em relação aos media tradicionais é evidente. No entanto, não são mutuamente exclusivos e não creio que venha a substituir por completo estes meios. Há que notar que estes também vão adaptando o seu modelo e temos verificado o aparecimento de soluções de interacção com o consumidor totalmente inovadoras. Mais do que Web marketing, o marketing digital tenderá a ser o core dos planos, com integração total entre diferentes meios, e o consumidor no centro do modelo.

 

 

 

IM: E como tem conquistado adeptos? Não só do ponto de vista das empresas mas também dos consumidores?
GA:
O consumidor actual faz da Internet uma ferramenta integrante das suas actividades diárias, seja lazer, consumo ou actividades profissionais. Já se fala há algum tempo deste novo grupo designado de “Prosumers”, que deriva da conjugação das palavras “Professional” e “Consumer”, ou seja, um consumidor com ferramentas profissionais. A Web deu origem a esta nova categoria de consumidor através da oferta ilimitada de conteúdos, promovendo a atitude DIY (“Do It Yourself”), cada vez mais marcante na geração Y.
Assim, é imprescindível que as marcas reconheçam que o consumidor é hoje um co-autor da imagem projectada da marca. O poder de influência do consumidor é maior do que nunca, pois já não é um mero receptor de informação, mas também um emissor. Por outro lado, a Web constitui uma excelente plataforma de apoio à sua tomada de decisão de compra, privilegiando a opinião de outros consumidores que encontre nos mais diversos conteúdos online. Não é novidade que o acesso à Internet já deixou de ser um privilégio de alguns; a penetração nos lares portugueses é evidente. Para além disso, a Internet já constitui uma das principais fontes de consumo de media da população em geral, tornando-se num canal estratégico para as marcas que pretendam falar directamente com a sua base de consumidores.

 

 

IM: Quais as principais tendências do Web marketing?
GA:
O ponto mais forte do Web marketing está na possibilidade de medir e optimizar as acções de uma forma totalmente transparente e contínua. As tendências centram-se no desenvolvimento da proximidade com o consumidor e na interacção com eles criando uma rede de embaixadores da marca, que não é controlável, mas que pode ser influenciada de uma forma positiva e eficaz.
O caminho futuro está na colocação do consumidor no centro do modelo de gestão das marcas, não só na perspectiva tradicional de atender às suas necessidades, como também na sua utilização como meio de divulgação. Para isso, a interacção com o consumidor é determinante, assim como o esforço para reforçar as opiniões favoráveis, no sentido de criar relações e trocas que venham a beneficiar a marca.

 

 

 

IM: E em Portugal como tem evoluído esta área?
GA:
Cada vez mais para o envolvimento das pessoas. As marcas estão conscientes desta nova tendência e muitas já aderiram ao novo modelo de marketing e comunicação, onde o consumidor é o centro da acção e tudo se baseia na interacção. Cada vez mais se ouve falar da importância da mensurabilidade e reactividade da publicidade tendo surgido nos últimos 2 anos um número elevado de empresas no mercado que se propõem a auxiliar as marcas neste processo.

 

 

 

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