4 de agosto de 2011

Reportagem


A empresa beActive acaba de ser nomeada para os Gemini Awards no Canadá, equivalentes aos Emmy norte-americanos, com a série “Living in your Car”, transmitida pelo canal HBO Canadá e pelo canal FIVE no Reino Unido.


 


Hoje, a produtora aposta, além dos conteúdos multiplataforma, em conteúdos Transmedia – um conceito onde as várias plataformas como televisão, internet e mobile complementam-se para contar uma determinada história.


 


Apesar da tecnologia, cada vez mais produtoras e canais de televisão apostam em conteúdos Transmedia, uma vez que é hoje dirigida a um público cada vez mais vasto.


 


E porque se segue esta estratégia? A resposta pode ser encontrada através dos números das audiências.


Olhando para os dados da Marktest percebemos que mesmo as novelas mais populares, apesar de terem shares superiores a 40% não conseguem atrair muito mais do que 1 milhão de espectadores. Num passado, não muito longíquo os mesmos 40% de share em prime-time significa quase milhão e meio de espectadores. As razões da quebra de audiências são muitas e o fenómeno não se limita a Portugal. 


 


Em Inglaterra, a BBC chamou todos os autores e guionistas da sua “soap-opera” Eastenders para uma sessão de Brainstorming, depois de nos últimos meses o programa mais visto do canal público inglês ter perdido 3 milhões de espectadores. E no Brasil, o país das novelas, a Globo sobre uma erosão semelhante nas audiências do seu produto principal. Nos Estados Unidos, a ABC cancelou recentemente as suas duas “soap-operas” em emissão à várias décadas.


 


As estações procuram novas soluções, e o programa American Idol, emitido nos Estados Unidos da América, é um exemplo onde a complementaridade impulsionou as audiências de televisão. 


 


A indústria está a mudar a uma velocidade cada vez maior e esta (r)evolução coloca novos desafios às estações e aos anunciantes.


 


Para Nuno Bernardo também os anunciantes devem estar muito atentos às mudanças até porque, nos dias de hoje, anunciar exclusivamente em televisão tradicional e ignorar os fenómenos da Internet e da TV a pedido pode significar apanhar apenas 50% dos seus potenciais consumidores.

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