O ritmo do dia-a-dia, a actividade empresarial e as mudanças no mercado fazem com que algumas empresas acabem por se afastar do conceito fundamental da sua marca, e o poder e valores associados a essa marca acabam por se diluir. No entanto, este poder intrínseco à marca pode ser recuperado através de algumas decisões chave, como explica a consultora de marketing e marcas Taylor Brand Group numa análise que realizou para ajudar as empresas a reencontrar os seus valores, e a que o site Marketing Directo teve acesso.
Antigamente os negócios eram realizados de forma muito mais simples e intuitiva, mas o crescimento dos mercados e o êxito de muitas empresas afectaram as marcas que acabaram por a certa altura ficar perdidas.
Em muitos casos trata-se simplesmente de uma espécie de abandono por parte da marca, provocado por todas as suas ramificações de negócio, páginas na internet e, inclusive, pela chegada de colaboradores que nunca foram educados na cultura da marca, fazendo com que o foco se perca.
Mas, com as ferramentas adequadas, esta situação pode ser solucionada, como explica a Taylor Brand Group: voltar aos conceitos fundamentais ou renovar estes mesmos conceitos para a marca se adaptar ao mercado actual são os caminhos a seguir.
A Starbucks é um exemplo do primeiro caminho, onde a marca retornou aos seus valores primordiais. Como explica o estudo, a empresa de cafés começou como uma marca que oferecia uma experiência especial e de luxo em cada café, e cresceu rapidamente. Mas, perante a concorrência feita pela McDonald’s e pela Dunkin Donuts, os responsáveis da empresa perceberam que estavam a perder o foco da experiência diferente. Esta situação levou-os a fazer diversas mudanças para retomar o conceito da marca, como fechar todas as lojas da marca ao mesmo tempo para dar formação a todos os empregados. Como resultado as vendas aumentaram e foram abertas novas lojas em todo o mundo.
Como exemplo de renovação da marca, o estudo seleccionou o caso da Cadillac, que chegou a ser a empresa líder de mercado no segmento dos grandes carros de luxo, mas que perante a chegada ao mercado de novas marcas e veículos mais eficientes perdeu clientes e o contacto com a sua marca. A empresa viu-se obrigada a recolocar-se, conservando a marca mas, acima de tudo, reestruturando-se. Assim, mantendo o seu estatuto de luxo abandonaram o tamanho dos seus automóveis e reconsideraram estilo e rendimento. Uma renovação que levou o fabricante norte-americano a voltar a estar entre as marcas líderes do seu segmento.
Mas, o que é que indica que há que mudar uma marca? O estudo aponta 3 razões: uma nova administração na empresa, uma fuga nas vendas a que nada dê resposta e um passo em frente no negócio.
Uma vez determinada essa necessidade de mudança, a Taylor Brand Group afirma que há que explorar a marca através de técnicas projectivas, que incluam tanto o público interno como o externo. Neste âmbito há que questionar se vale a pena recuperar-se a cultura da marca, se a empresa já não oferece valores que acompanhem as mudanças no mercado, o que significa a marca para os clientes mais fieis ou como se pode melhorar a recepção da marca em novos mercados. TS
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