16 de junho de 2011

Reportagem

Fotografia: Dov Friedmann – www.PhotographybyDov.com


 


A Levi’s lançou em 2010 uma marca própria na Ásia, especialmente concebida para o consumidor indiano e chinês, intitulada Denizen. No próximo verão, estes jeans chegarão aos EUA serão vendidos a um terço ou a metade do preço das Levi’s normais. A marca norte-americana deu assim o primeiro passo para o que se reconhece actualmente como “inovação inversa”.


 


Uma tendência que está a captar a atenção dos analistas e publicações especializadas na área do Marketing e Publicidade. A Coca-Cola é outra das marcas que também preferiu apostar nos mercados menos maduros para o lançamento de uma inovação com o Minute Maid Pulpy, em 2005, em Xangai. 


 


Este é outro caso de “Inovação inversa”, a estratégia que está a levar cada vez mais marcas a direccionar os seus investimentos e inovações para os chamados países emergentes como a China ou a Índia, deixando de se focarem apenas nos mercados mais maduros.


 


Opinião a reter


 


Segundo avança o Advertising Age, Vijay Govindarajan e Chris Trimble, professores no Dartmouth College, e Jeffrey Immelt, CEO da General Electric foram os responsáveis pela identificação desta tendência, através da publicação de um artigo na Harvard Business Review “How GE is Disrupting Itself”.


 


Quando Govindarajan começou a trabalhar neste projecto, apercebeu-se de que os produtos da GE Healthcare e de outras multinacionais, além de serem vendidos nos EUA, eram também vendidos na Índia, mas com ligeiras adaptações.


 


Esta estratégia tem vindo a ser usada por muitas marcas, que se não venderem os seus produtos nestes países, as empresas locais criam produtos semelhantes que se adaptam aos seus mercados. Para evitar isto, centenas de multinacionais já estabeleceram centros de investigação e desenvolvimento na Índia e na China.
Govindarajan assegura ao Advertising Ade que actualmente, há já outras marcas que começam a apostar em mercados emergentes, como a PepsiCo, a John Deere, a IBM e a Cisco, e espera ainda que companhias a actuar na área da publicidade para o mobile e da indústria farmacêutica sigam o mesmo caminho.


 


Durante anos, as grandes empresas desenvolviam os seus produtos e serviços nos países industrializados, e só depois os distribuíam para o resto do mundo, o que é conhecido como “glocalização”. Actualmente e segundo este especialista, as marcas estão a percorrer o caminho inverso. Desenvolvem e centram a inovação de produtos e serviços nos países emergentes e só depois os adaptam aos mercados maduros.

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