Amorim, Delta, EDP ou Gallo são algumas das marcas portuguesas que marcam presença no Pavilhão de Portugal, na Expo Shangai 2010.
Reforçar a notoriedade e contemporaneidade do país são alguns dos objectivos da Participação Portuguesa na exposição. Subordinado ao tema: “Portugal, um Mundo de Energias”, o pavilhão português, com mais de 2 mil metros quadrados – totalmente revestido a cortiça – conta com a presença de várias marcas nacionais que, de acordo com a participação, fomentam a visibilidade das marcas nacionais no mercado chinês, um mercado em franco crescimento.
O Imagens de Marca falou com Rolando Borges Martins, Comissário-Geral da Participação Portuguesa na Expo 2010 Xangai para saber por onde passa a estratégia da presença do nosso país na feira mundial.
Imagens de Marca – Qual a importância para Portugal desta participação?
Rolando Borges Martins – A Participação Portuguesa na Expo 2010 Shanghai pretende dar ao País notoriedade, passando uma imagem de país europeu contemporâneo, activo, com valores patrimoniais únicos, e ao mesmo tempo, posicionar Portugal como player relevante, à escala internacional, no desenvolvimento e inovação associados às energias renováveis. Em coerência, aliás, com o tema da Exposição Universal “Melhores cidades, Melhor Qualidade de Vida”. Este tema está bem expresso nos conteúdos expositivos da sala 3 do Pavilhão – “Portugal, um Mundo de Energias”.
A Participação Portuguesa desenvolve-se em torno de três eixos fundamentais: o Pavilhão de Portugal, o Dia Nacional e, nesta Expo pela primeira vez de forma clara, o fomento do intercâmbio económico.
Esperamos, e é nesse sentido que temos vindo a trabalhar, que esta Exposição Universal seja uma oportunidade de dar visibilidade às marcas portuguesas no mercado chinês, que se criem relações fortes e que se concretizem negócios.
IM – Qual o retorno económico que Portugal pode ter com a sua presença neste certame?
RBM – A Participação Portuguesa na Expo 2010 Shanghai deve ser vista num quadro mais alargado de promoção de Portugal no Oriente, que terá continuidade com iniciativas em 2011, de novo na China e noutros países asiáticos. O reforço da presença de Portugal naqueles mercados é uma aposta a médio e longo prazo e o retorno, traduzido em incremento de exportações e relações industriais e comerciais entre empresas chinesas e portuguesas, começou já a sentir-se. Tem sido intensa a actividade no Centro de Negócios do pavilhão português, que tem um orçamento geral de 10 milhões de euros, atribuído pelo Governo.
IM – Qual a importância do apoio dado pelas marcas?
RBM – São diversas as empresas que integram a Participação Portuguesa na Expo 2010 Shanghai, nomeadamente, Viniportugal, EDIA, CITEX, Grupo AMORIM, Vieira de Castro, UNICER, DELTA, ENOPORT, Cosmos Viagens, SUPERCORTE, EDP ou a Gallo.
A diversidade de empresas que a nós se associaram faz com que a Participação Portuguesa consiga, assim, apresentar um leque bastante vasto de marcas nacionais. Das presentes, merece destaque a Amorim, responsável pelo revestimento exterior e pavimentos em cortiça no Pavilhão de Portugal.
O apoio das marcas é bastante relevante, não só pelas parcerias que se estabelecem e que contribuem para assegurar toda a dinâmica da Participação Portuguesa, mas sobretudo porque permitem mostrar o que Portugal tem de melhor. Aqui, as partes contribuem para o todo, ou seja, as marcas nacionais contribuem para que a “marca” Portugal, se afirme e reforce a presença a nível internacional.
Para a Corticeira Amorim, esta é uma presença bem justificada pelo potencial de crescimento do mercado asiático. Nuno Barroca, Administrador da Corticeira Amorim, explicou ainda ao Imagens de Marca a importância deste mercado, no momento em que a empresa portuguesa acaba de assinar um acordo com o maior distribuidor de pavimentos da China.
Imagens de Marca – Qual a participação da marca neste evento e qual o investimento realizado?
Nuno Barroca – No total, a Corticeira Amorim enviou para a China mais de 5500 m2 de cortiça, cuja aplicação foi feita tanto no exterior, enquanto elemento concretizador do conceito estético associado a esta construção, como no interior, na forma de pavimentos e de soluções de isolamento.
A fachada integral do Pavilhão está revestida com aglomerado expandido de cortiça, da Amorim Isolamentos, considerado a solução de isolamento mais ecológica do mundo, num total de 3640 m2 e mais de 28 mil kg.
No interior estão aplicados revestimentos de cortiça da Wicanders®, marca premium da Amorim Revestimentos, maioritariamente de visual cortiça, em locais acessíveis a todos os visitantes e em zonas protocolares, numa área de 1100 m2.
IM – Qual a estratégia seguida pela marca?
NB – O investimento que a Corticeira Amorim fez na China, com a cedência de mais de 5500 m2 de cortiça nas suas diversas formas, foi estratégico. O mercado asiático, e a China em particular, é um dos que apresenta maior potencial de crescimento. No caso, por eexemplo, dos revestimentos de cortiça, a Corticeira Amorim fez recentemente um acordo com o maior distribuidor de pavimentos da China, que conta com 2800 pontos de venda espalhados pelo país.
É com agrado que constatamos que o Pavilhão de Portugal em Xangai tem permitido uma óptima projecção da cortiça a nível internacional. A cortiça apresenta-se como uma matéria-prima de futuro, foi seleccionada por se identificar na perfeição com a temática da exposição “Melhores Cidades, Melhor Qualidade de Vida”, sendo um exemplo de inovação em perfeita harmonia com a Natureza.
A estratégia da Corticeira Amorim está perfeitamente alinhada com a missão da Empresa – “Acrescentar valor à cortiça, de forma competitiva, diferenciada e inovadora, em perfeita harmonia com a Natureza” – e a sua concretização passa também pela afirmação da cortiça e suas potencialidades em novos mercados, como é o caso do mercado Chinês.
IM – Que retorno pretende a marca obter com este patrocínio?
NB – Com esta aposta, a Corticeira Amorim pretende despertar no mercado chinês a atenção para a matéria-prima cortiça – 100% natural, reciclável e renovável – e para as suas potencialidades. O feedback que a Empresa tem recebido e o facto de o Pavilhão de Portugal estar entre os mais visitados da exposição, aliados a outros investimentos que a Empresa tem feito nesta economia em ascensão, permitem-nos encarar com muito optimismo este apoio materializado ao Pavilhão de Portugal.
Os números da Exposição:
- Mais de 38 milhões de visitantes (até ao 100º dia) - Média de 450 mil visitantes diários (só no mês de Agosto) - 680 mil voluntários - Cerca de 200 países presentes - Investimento: 40 mil milhões de euros - 600 hectares de área |
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