A rádio é o meio de informação mais credível para os portugueses e aquele menos exposto a interferências governamentais. Foram estas algumas das conclusões do Estudo de Recepção dos Meios, realizado pelo ISCTE, apresentadas no segundo dia da conferência anual da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, ERC.

Segundo publica o Jornal de Negócios, no indicador da credibilidade dos diferentes órgãos de comunicação, 77,1 por cento dos inquiridos, com mais de 12 anos de escolaridade, apontaram a rádio como o meio mais credível, seguida da imprensa semanal, apenas credível para 71,2 por cento dos consumidores, e da televisão, com 65,3 por cento. A imprensa diária generalista fica atrás com 61,9 por cento dos inquiridos a classificá-la de credível.

Já no que toca à preferência de consumo dos diferentes meios de comunicação, a televisão mantém a liderança, sempre com mais de 99 por cento dos inquiridos a responder afirmativamente ao consumo habitual deste meio, independentemente da sua faixa etária ou nível de escolaridade.

Já a rádio e os jornais ocupam os respectivos segundo e o terceiro lugares, em quase todas as faixas etárias, com excepção aos inquiridos com menos de 30 anos, que substituem os jornais pela ida ao cinema ou pelo uso do computador. Nesta faixa etária 40 por cento dos inquiridos confessou nunca ler jornais diários. Já entre os inquiridos com mais de 64 anos esse número aumenta para os 70 por cento, e mesmo os que afirmam ler jornais confessam “ficar-se pela primeira página ou passar um olhar pelos títulos”.

Por oposição, a mesma faixa etária de menores de 30, surge como a que mais utiliza a Internet. 57,4 por cento afirma ligar-se frequentemente, enquanto 53,8 consome este meio a um nível diário. AB

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