Num ambiente familiar vamos, na próxima emissão, falar de empresas e marcas que se mantêm vivas passando de geração em geração. São impérios construídos ao longo dos anos, onde os negócios se transformam em paixões passando de avós para netos.
Quais os desafios que têm que superar hoje em dia? Trabalhar com a família ajuda em tempos de crise? Será que há uma relação direta entre o sucesso das empresas ao longo do tempo e a permanência no seio da mesma família? É isso que vamos tentar perceber através de uma conversa com a Associação de Empresas Familiares (AEF).
Segundo a Associação, entre 60 a 75% das empresas em Portugal são familiares e podem mesmo ser o motor de relançamento económico em Portugal, representando cerca de 66% do PIB.
Peter Villax, Presidente da AEF, confessa que, estas empresas têm também algumas fraquezas que têm que ser trabalhadas para que não se deparem com conflitos de interesses, como a sucessão, as partilhas e o favoritismo dentro do seio da família. Assim como a monopolização do poder pelo fundador da empresa. “A partir de certa dimensão, o fundador torna-se um obstáculo ao crescimento da sua própria empresa. Porque, se é ele a tomar todas as decisões, a empresa não vai poder crescer. O que eu vejo nas empresas maiores é que já se habituaram à ideia da partilha da gestão e a empresa consegue mesmo aumentar extraordinariamente o seu crescimento e a sua dimensão”, afirma Peter Villax.
Sejam pequenas ou grandes, estas empresas partilham um modelo de gestão considerado por muitos como o mais robusto, minimizando os riscos e criando riqueza planeada a longo prazo.
A Associação conta com mais de 200 associados, que representam 7% do PIB nacional. Já a nível da União Europeia, há estudos que referem que existem mais de 17 milhões de empresas familiares. Das 100 maiores empresas europeias, 25% trabalham sob este modelo.
Acompanha esta reportagem, este sábado, às 14h30 e domingo, às 10h30 e 16h30, na SIC Notícias.
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