O gasto médio de cada turista irá crescer de forma ténue até 2016. A conclusão é do estudo “Travel Industry Global Overview”, do Euromonitor International, apresentado ontem na VIII Conferência Internacional em Hotelaria e Turismo, em Vila Nova de Gaia.
De acordo com o estudo, 2012 é o um ano de desaceleração global da indústria turística. Na Zona Euro o crescimento do PIB do sector é inclusive negativo. Uma realidade que deriva sobretudo, do aumento do desemprego, do abrandamento da procura interna, da crise do crédito e da probabilidade do colapso do euro.
Na análise levada a cabo pela Euromonitor, que teve como objetivo perspetivar os próximos cinco anos da indústria, percebe-se que o comportamento das chegadas e o gasto médio por turista são dois indicadores que não terão evolução simétrica, uma vez que, ainda que se viaje mais, a riqueza deixada no país visitado é menor.
Enquanto as chegadas crescerão acima de 1%, o gasto médio não deverá aumentar, em média, mais do que 0,2%. Espanha e Alemanha destacam-se entre os países que irão mais sofrer as consequências da redução do montante injetado na economia por parte de cada turista.
Atualmente a Australásia é a região do mundo onde se verifica um gasto médio por viajante mais elevado – cerca de 2611 euros, logo seguida da América do Norte, onde o visitante despende cerca de 1536 euros. Em 2011, a Europa Ocidental, região onde se inclui Portugal, registou um gasto médio de 768 euros, número que até 2016 deverá manter-se.
Os turistas que mais vão subir os gastos por viagem serão, segundo o estudo, os brasileiros, os chineses e os norte-americanos.
O negócio das companhias aéreas low cost vai crescer em todo o mundo. Os EUA, que lideram a atividade, com mais de 18 mil milhões de euros de vendas em 2011, deverá continuar a reafirmar a sua posição nos próximos cinco anos, já que irá facturar acima de 23 mil milhões de euros.
Além disso, as reservas online também vão crescer. Na Índia e na China, a compra de viagens pela Internet deverá mesmo aumentar 16% em 2016 face a 2011. Já nos EUA, o maior mercado do mundo de reservas online, prevê-se um crescimento do negócio de cerca de 15 mil milhões de dólares.
Este paradigma da venda de viagens pela Net colide com o negócio tradicional das agências de viagem, que para conseguirem sobreviver terão de inovar os seus modelos de negócio.
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