Na semana em que o Imagens de Marca aborda o tema “Novos Caminhos para o Turismo”e dedica uma reportagem a Lisboa, enquanto destino de turismo de negócios, no nosso site fomos espreitar a Invest Lisboa – uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Associação Comercial de Lisboa/Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa, com o apoio da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Com a Invest Lisboa, que arrancou em 2009, estas entidades pretendem promover a cidade de Lisboa como centro internacional de negócios e investigação, capaz de atrair entidades públicas e privadas, nomeadamente empresas, nacionais e estrangeiras, para instalarem as suas sedes ou delegações e os seus serviços.

Ao Imagens de Marca, o diretor executivo da Invest Lisboa, Rui Ramos Pinto Coelho, afirmou: “Lisboa é uma das principais cidades a nível mundial no turismo de congressos, tem vindo a crescer consistentemente no turismo de cruzeiros e este ano a Easy Jet vai instalar uma nova base em Lisboa prevendo-se que contribua para um grande crescimento do número de turistas. Lisboa já possui alojamentos turísticos de excelente qualidade, para diferentes segmentos de mercado, a custos altamente competitivos mas não tem um centro vocacionado para congressos de grande dimensão, nem um parque temático, aqui estão outras duas oportunidades.

O incremento do investimento sustentável na cidade, promovendo dessa forma o seu desenvolvimento económico e social, fixando residentes, criando emprego e proporcionando uma melhor qualidade de vida aos que vivem e trabalham em Lisboa é outra das metas.

 

Captar empresas e investimentos para Lisboa

 

Rui Ramos Pinto Coelho explicou, ainda, ao IM como estão a pôr em prática esta captação de investimentos para a cidade: “além de organizarmos acções de promoção em mercados alvo, apoiamos de forma personalizada, gratuita e confidencial os investidores e empreendedores com projetos de investimento no concelho de Lisboa, fornecendo informações, contactos, oportunidades de investimento, locais para instalação, procedimentos necessários ao licenciamento das actividades, etc..”

A Invest Lisboa criou, ainda, um serviço de Escritórios Virtuais e um programa de formação para Empreendedores (Workshops ABC), tendo também promovido a criação da Startup Lisboa, a primeira de uma rede de incubadoras de empresas da autarquia de Lisboa.

Há pergunta “porquê Lisboa?”, o responsável desta iniciativa salienta 4 aspetos chave:

• “Lisboa possui uma localização geoestratégica de excelência, na encruzilhada das rotas mercantis atlânticas que, segundo os especialistas, será ainda mais beneficiada com o alargamento (em curso) do canal do Panamá, sendo assim uma plataforma privilegiada de comércio entre os diferentes continentes”;
• “É uma das capitais do maior bloco económico mundial: a Europa, com os seus 500 milhões de consumidores educados e ricos, para além de possuir relações culturais, económicas e empresariais privilegiadas com os sete países que partilham a língua portuguesa. Ambas as situações tornam Lisboa a localização ideal para as empresas que pretendem explorar esses mercados”;
• “Disponibilidade, a custos altamente competitivos, de recursos humanos de excelência: criativos, flexíveis, poliglotas e com especial habilidade para relacionar-se com outras culturas e mercados, bem como instalações e infra-estruturas de grande qualidade, como uma das melhores redes de fibra óptica da Europa, a muito baixo custo, o que torna Lisboa especialmente vocacionada para o nearshoring“; e
• “Qualidade de vida e segurança sem paralelo a nível mundial”.

As oportunidades de investir em Lisboa são claras para Rui Ramos Pinto Coelho. “Tendo em conta as vantagens de Lisboa, bem como a situação de crise económica e financeira que estamos a atravessar, que é sempre o melhor momento para investir, há muitas oportunidades de investimento nos mais variados sectores para empreendedores e investidores nacionais e estrangeiros em Lisboa. As oportunidades surgem quando o mercado pede algo que não está disponível”, explica.

E dá um exemplo: “Dada a escassez de crédito e financiamento diríamos que uma das melhores oportunidades de investimento será para a instalação de grandes entidades bancárias, de mercados emergentes, com grandes disponibilidades de capital para investir e emprestar, mas cujos mercados de origem estão sobreaquecidos e apresentam grandes riscos inflacionistas. No nosso mercado encontram inúmeras oportunidades de investimento e de concessão de crédito a empresas ou projectos de grande qualidade e potencial de crescimento, sem riscos inflacionistas e com a vantagem de diversificarem os seus portfolios. No entanto, esta oportunidade não beneficia apenas grandes empresas, como o caso da empresas chinesas que estão já a seguir este raciocínio. Outro tipo de projectos, de menor dimensão, mas que também respondem a este desequilíbrio do mercado, poderá aproveitar esta oportunidade”.

“Se pensarmos em investimentos de pequena dimensão, acreditamos que os empreendedores (nacionais ou estrangeiros) que têm know-how para desenvolver um produto ou serviço que encontra procura nos mercados externos, têm todas as vantagens em instalar-se em Lisboa, pois têm acesso ao que precisam para ter sucesso: recursos humanos e instalações altamente competitivas, acesso fácil aos mercados externos e uma excelente qualidade de vida”, conclui.