Ao que parece não é o crescente uso da Internet que está a levar à quebra dos hábitos de leitura dos jornais. Pelo menos, a julgar pelos dados revelados pelo ISCTE, no Estudo de Recepção dos Meios de Comunicação Social, que apontam que a maioria dos internautas portugueses considera que a consulta de informação online não substitui o consumo da imprensa.

Tal como publica o Jornal de Negócios, a maior parte dos inquiridos afirma não concordar com a afirmação “a Internet substitui a leitura de jornais”, independentemente da faixa etária e do nível de escolaridade. De acordo com os dados divulgados, aqueles que mais discordam são os indivíduos com mais de 12 anos de escolaridade, 51,8 por cento, e aqueles com idade superior a 31 anos, 55,6 por cento.

Já nas faixas etárias mais baixas, embora prevaleça a preferência pela imprensa, é onde existem mais inquiridos a preferir o consumo de informação na Internet. 41 por cento dos indivíduos acreditam que os jornais online substituem os jornais em papel. A mesma faixa etária em que 40 por cento dos inquiridos diz nunca ler jornais, noutra análise do estudo, referente ao consumo do meio imprensa.

Segundo adianta ainda o artigo do Jornal de Negócios, o estudo do ISCTE revela que o consumo de Internet regista valores mais altos à medida que aumenta a escolaridade dos inquiridos, mas baixa à medida que aumenta a faixa etária. 53,8 por cento dos consumidores com menos de 30 está online diariamente, enquanto na faixa dos 51 aos 64 apenas 8,6 por cento “navega” todos os dias, enquanto naqueles com mais escolaridade 64,5 por cento utilizam este meio “frequentemente” ou diariamente”, por oposição aos 13,5 por cento que afirma “raramente” utilizar a Internet.

Os Jovens e Web
Numa análise mais próxima à faixa etária mais jovem e à sua relação com este meio, o estudo aponta que entre o 15 e os 17 anos o uso da Internet vai em maior percentagem para “falar no MSN Messenger”, 91 por cento. Seguem-se a utilização do meio para “estudo/formação”, “acesso ao email” e “Youtube”, com percentagens acima do 75 pontos.

O estudo revela ainda que 41 por cento das crianças e adolescentes admite fazer habitualmente downloads de músicas da Internet. AB

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