16 de março de 2012

O fenómeno “Joseph Kony” ou o poder dos media sociais.

Jason Russel, realizador do documentário sobre Joseph Kony, aparentemente não aguentou a pressão global sobre si próprio e o seu trabalho e entou em colapso nervoso.

Até dia 5 Março de 2012 o Mundo não sabia quem é Joseph Kony. A partir dessa data o guerrilheiro do Uganda, que lidera um verdadeiro exército e é procurado pelo Tribunal Criminal Internacional acusado de crimes de guerra, passou do anonimato à fama. O fundador da organização Invisible Children, Jason Russel, realizou um documentário e deu a conhecer este homem que durante anos raptou crianças no Uganda, que violou,  mutilou e obrigou a combater na milícia Lord’s Resistence Army. As media sociais ajudaram a espalhar a informação e a cara de Joseph Kony.

Independentemente de toda a polémica em torno do filme, que é acusado de manipulação da realidade e tem sido repudiado pelos próprios ugandeses que, segundo o jornal Guardian, não se identificam com as imagens e se sentem revoltados com o facto de se dar mais protagonismo ao criminoso que às vitimas, a campanha tornou-se num fenómeno de visualizações no Youtube, com mais de 80 milhões de entradas registadas.

O documentário tornou-se rapidamente num viral, tema de discussão nas redes sociais e de análise na imprensa de todo o mundo.

O Imagens de Marca falou com Patrícia Dias, Coordenadora da Formação Avançada em Media Sociais da Faculdade de Ciências Humanas, da Universidade Católica Portuguesa, que explicou este fenómeno gerado pelas redes sociais: ”Depois de Abu Dhabi, Susan Boyle e Michel Teló, o que traz de novo Kony 2012? É o líder de disseminação viral nas redes sociais. Precedido por alguns teasers, o documentário foi publicado no YouTube a 5 de Março, e atingiu 80 milhões de visualizações, obteve 500 mil comentários e motivou 200 vídeos relacionados em apenas cinco dias. A esta popularidade soma-se o buzz gerado no Facebook e no Twitter e a cobertura mediática”.

“Por detrás desta liderança está uma estratégia concreta delineada por três realizadores norte-americanos que pretendem acabar com esta violência. E como? Usando as redes sociais como veículo de divulgação, denúncia, sensibilização e mobilização. Aproveitando o empoderamento por elas proporcionado ao serviço da sua causa. Acessíveis, disponíveis, ubíquas e intuitivas, as redes sociais abolem hierarquias, congregam interesses, mobilizam para a ação, mudam o mundo. Como Martin Luther King, todos temos os nossos sonhos. As redes sociais emergem, a partir deste caso paradigmático, como uma ferramenta ao nosso dispor para os tornarmos realidade”, defende a especialista.

 A impresa internacional afirma que Joseph Kony há mais de 6 anos que não está no Uganda. Mas para a Invisible Childrens o importante é que ele seja detido, e para tal lançaram a campanha na internet, imprimiram t-shirts, posters e autocolantes, fizeram pulseiras e prometem a 20 de Abril cobrir as principais cidades do mundo com a cara de Joseph Kony.

“Palavras como “redes sociais”, “web 2.0”, “comentar” e “partilhar” já fazem parte do nosso vocabulário quotidiano. São uma realidade incontornável a nível pessoal e profissional, e têm profundo impacto na sociedade contemporânea”, conclui Patrícia Dias. 

O video a rodar é um pequeno excerto do filme que pode ver na integra aqui

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Teresa Salvado

Comentários (3)

  1. I think all fashion blgregos should share the video! thanks for being one of them! This is what make the difference of all other fashion blgregos! BIG KISS FROM SPAIN! ;)

    por: Navi,
  2. It not absolutely that is necessary for me. Who else, what can prompt?

    P.S. Please review Metro Style WP7 Icons

    por: caribbean island images,

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