A indústria dos hostels tem registado um forte crescimento estimulado pelos chamados viajantes “millennial”ou da “Geração Y”, geração nascida nos anos 80 e 90, que procuram gastar mais dinheiro em viagens mais longas e ver o máximo de mundo possível. Estas são as principais conclusões do primeiro estudo sobre tendência de hostels (Hostel Trend Report, em inglês), um trabalho independente realizado pela empresa de estudo do sector de viagens Phocuswright agora divulgado pelo Hostelworld.
A marca explica que esta mudança revolucionou a indústria da hospitalidade, uma vez que a geração “millennial” prioriza cada vez mais as interações sociais e aventuras partilhadas com novos amigos em comparação com a média da população viajante. Em Portugal, o número de hostels registados na plataforma Hostelworld cresceu 509% nos últimos cinco anos, segundo informa o site líder de reservas de hostels. Ao todo, já são mais de 400 os hostels portugueses que podem ser reservados através desta plataforma on-line.
Os dados revelam ainda que também os hostels estão a passar pela sua própria transformação de modo a conseguir tomar uma maior fatia do mercado da hospitalidade. Quartos particulares e hostels temáticos são agora o padrão (9 em 10 hostels têm casa-de-banho privadas), substituindo a velha imagem dos hostel com dormitório. As áreas com maior crescimento de receitas estão em mercados cada vez mais desejáveis para os viajantes “millenial”. Neste grupo estão Sul e o Sudeste da Ásia (13 por cento) seguidos pelo Médio Oriente (11 por cento), a Europa Oriental (11 por cento) e o Norte da Ásia – liderada pela China – (10 por cento). Segundo o estudo, ainda há uma forte oportunidade de crescimento nos principais mercados de hospitalidade na Europa e nos EUA.
Os portugueses estão também a reservar mais dormidas em hostels. Comparando os últimos anos, o Hostelworld registou um crescimento de reservas feitas na sua página portuguesa superior a 24%.
A mudança do perfil de viajante e o novo tipo de hostel refizeram o mercado. Mesmo que os viajantes que se hospedam em hostels tendam a ser muito mais jovem e com um salário médio global menor, na verdade eles gastam o mesmo, ou até mais, do que a população viajante em geral. Um em cada quatro esperam ser capazes de reservar o seu alojamento através de dispositivos móveis e 93 por cento usaram, efectivamente, o telefone durante a viagem. Como tal, podem facilmente comparar e contrastar as experiências em movimento. Os hostels subiram a fasquia oferecendo serviços que atendem a uma clientela mais exigente, como Wi-Fi gratuito, comida e bebidas no próprio local, serviços de limpeza diária, eventos sociais, aluguer de bicicletas, bibliotecas e centros de media.
Estas são algumas das outras conclusões principais do relatório.
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