Avanços
«Nada é tão poderoso no mundo como uma ideia cuja oportunidade chegou»,
Victor Hugo
FUTI é um carro eléctrico fabricado em Portugal, resultado de uma iniciativa de portugueses. Trata-se de um veículo produzido com material reciclável, de zero emissões de carbono, e com uma autonomia de 70 quilómetros.
A invenção resulta da iniciativa da Agência Regional de Energia e Ambiente do Oeste – Oeste Sustentável – e andará pelos 12 Concelhos que integram esta comunidade da Região Oeste.
É uma notícia curiosa e positiva. Mais uma a contribuir para a lista de interessantes inventos resultado do capital humano português, que nem sempre vinga em grandes linhas de produção. Espero sinceramente que o FUTI contrarie a tendência e que consiga vencer como resultado do know-how nacional.
Recuos
«A educação desenvolve as faculdades, mas não as cria»,
Voltaire
O Reino Unido está a recrutar enfermeiros em Portugal de forma sistematizada. Inicialmente, fiquei na dúvida se havia de classificar esta notícia como um avanço mas, tenho de considerá-la um recuo à luz do desperdício que a saída de quadros representa para Portugal.
Os cidadãos pagam impostos para alimentar os serviços públicos e as funções sociais do estado, entre os quais está a educação. Formar jovens que, quando se inserem no mercado de trabalho, são forçados a abandonar o país evitando engrossar as listas de desempregados, é cada vez mais paradigmático. Deste modo, o investimento feito por todos nós é usufruído por cidadãos de outros países, sem benefícios para a sustentabilidade do nosso país, uma vez que o investimento realizado pelo estado não é partilhado na sociedade portuguesa.
Naturalmente que se trata de uma oportunidade para quem é recém-licenciado e está desempregado mas, muitos são os jovens quadros de elevado potencial que, perante as perspectivas anémicas da economia portuguesa, partem para outros países à procura de oportunidades profissionais estimulantes.
Dá que pensar. O que será o futuro do nosso país em que os quadros tecnicamente qualificados, com potencial, preferem trabalhar no estrangeiro ou são recrutados por empresas instaladas noutros países? Ficamos mais pobres porque fizemos investimentos em formação e não iremos ter o devido retorno enquanto sociedade organizada.
Quadro Resumo da semana
AVANÇOS Notícias de iniciativas portuguesas no domínio da sustentabilidade. RECUOS
A saída de jovens licenciados em Portugal para outros países.
Balanço da semana
RECUO – São cada vez mais as notícias de jovens que se licenciam em Portugal e iniciam a sua actividade profissional noutro país. Por cada jovem português que sai da universidade para dar início à sua carreira no estrangeiro, ficamos mais pobres, pois o esforço do investimento em recursos afectos à educação dificilmente terá o respectivo retorno nestes casos.
Comentários (0)