“40 por cento dos investidores baseiam as suas decisões de investimento na informação divulgada pelos meios de comunicação social”, a opinião é do presidente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários. A CMVM elaborou um conjunto de recomendações para que os jornalistas sejam mais rigorosos na divulgação de relatórios de análise financeira, procurando reproduzir, sempre que elaborem notícias de research, “os respectivos resumos, de modo a traduzir com rigor a opinião dos seus autores”.
No debate “O combate ao abuso de mercado de capitais, responsabilidade dos jornalistas e liberdade de imprensa”, realizado no Sindicato dos Jornalistas, Carlos Tavares demonstrou como os órgãos de comunicação social podem influenciar as escolhas dos investidores, recorrendo a exemplos ocorridos recentemente em Portugal. “A comunicação social é usada para conseguir proveitos para terceiros, em prejuízo de outros”, sublinhou o presidente da CMVM, facto que leva a que muitas OPA constituam “crimes de mercado”. Carlos Tavares defendeu que se deve “apostar numa auto-regulação eficaz e que defenda a integridade dos jornalistas”. FM
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