8 de maio de 2015

Marcas nacionais com sucesso nos mercados internacionais

“É essencial as empresas terem a sua unicidade de marca e comunicarem-na de forma correta. É fundamental cada mercado, cada agência dar o seu contributo aos seus clientes para adaptar as campanhas de forma eficaz e mais otimizada em cada um dos países, em cada um dos mercados”. São estas as palavras de João Goulão, presidente executivo da Cupido, durante a conferência de comemoração dos 10 anos da agência.

“Communication with a Twist – The Importance of Local Insights” foi o mote do evento internacional que contou com a presença de clientes e parceiros de negócio convidados para apreenderem o sucesso de quatro marcas portuguesas nos mercados internacionais. Parfois, H3, WeDo e Sovena deram a conhecer as adaptações necessárias nas suas campanhas de comunicação em cada mercado/país.

“São tantos fatores que temos de ter em atenção, um dos pontos é o contexto cultural”, explica Susana Coerver, diretora de marketing e comunicação da Parfois. A representante da marca de acessórios refere que nos últimos cinco anos, a Parfois sofreu uma enorme expansão que a levou a marcar presença em diferentes mercados a nível global. Adaptar peças e até catálogos são alguns dos itens a ter em conta quando é necessário transportar uma marca para um mercado diferente de Portugal. Apesar do crescimento, a marca diz querer agora optar por aumentar o número de lojas nos países onde já está instalada mas acredita que “a Turquia é um país que faria todo o sentido”.

André Moura Guedes, diretor de marketing da H3 diz sentir aprender “sempre com a experiência de outras marcas, é importante ouvir o que corre bem e o que corre menos bem”. O responsável da marca de restauração diz já ter alcançado popularidade junto de um público mais jovem através de uma oferta gourmet que permite combater a tradicional fast food. “Este ano, queremos ir sem dúvida à conquista do Brasil, e Angola é um mercado interessante” mas confessa que em Portugal ainda existe espaço para crescer.

Experiências também partilhadas pela Sovena e WeDo, e apoiadas pela AICEP que diz estar a “tentar identificar os principais investidores nas regiões nacionais”. Pedro Ortigão Correia, administrador da AICEP Portugal, refere que apesar do importante investimento vindo da União Europeia, há um mercado prioritário para os próximos anos. “Há mercados que são principais emissores de investimento. Os Estados Unidos são claramente um deles, temos 70% do investimento da União Europeia e depois temos grandes emissores de investimento que é o caso do Japão”. No entanto, o representante refere que a China continua a ser fundamental para o país já que, desde 2010, terá investido cerca de 10 mil milhões de euros”.

Manter as políticas até então alcançadas, trabalhando áreas fundamentais como a dos serviços partilhados, isto é, a área de capital humano, vai continuar a ser o foco da AICEP para continuar a atrair investimento estrageiro. Um investimento também conseguido fora de portas já que são vários os casos de marcas portuguesas que estão a fazer sucesso pelo mundo fora.

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Jornalista: Ana Gaboleiro

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