O consumo televisivo tem vindo a sofrer alterações. Novas gerações e mudança nos hábitos de consumo são apontados como a principal razão no entanto parece que a televisão continua a distinguir-se como uma forte plataforma de audiências.
Segundo o estudo “As novas dinâmicas do consumo audiovisual em Portugal”, da autoria da Entidade para a Comunicação Social (ERC), 67,2% das pessoas dizem consumir televisão em direto, contra 33,8% que o fazem em diferido.
“Estamos no inicio de uma revolução tecnológica que influencia a forma como consumimos televisão. Enquanto líderes no mercado da televisão por cabo, onde conquistamos 13,8% de quota de mercado, temos de saber acompanhar todas as alterações para estarmos à altura de enfrentar novos desafios”, refere Eduardo Zulueta, presidente da AMC Networks International Iberia e Latin America.
Os grandes desafios que a televisão enfrenta, as novas formas de consumo, o avanço da tecnologia, bem como as últimas tendências e hábitos do espectador foram alguns dos temas abordados num encontro da produtora Dreamia, uma joint-venture detida pela NOS e pela AMC Networks International – Iberia, que reuniu os principais players na área dos media.
O canal Hollywood é hoje exemplo do crescimento do cabo já que “pelo terceiro ano consecutivo cresce e assegura a liderança entre os canais da televisão temática em Portugal”. Pedro Mota Carmo, presidente executivo da Dreamia, dá ainda o exemplo do “canal Panda que conquistou 89% de notoriedade e que é já uma referência incontornável para as crianças portuguesas, contando, desde a sua criação, com mais de 20 formatos desenhados para a audiência”.
Durante o debate “O Futuro da Televisão e as novas formas de consumo”, que decorreu ontem na universidade Católica, em Lisboa, Jorge Ruano, diretor de marketing da Dreamia, referiu que “esta iniciativa surge numa altura crucial em que o setor audiovisual está a passar por uma intensa transformação”.
Numa altura em que mais de um terço dos portugueses já tem televisão por subscrição, a verdade é que o consumo de conteúdos móveis tem também vindo a aumentar, como é o caso do smartphone, o dispositivo com maior presença nos lares portugueses (75,2%).
Quanto ao consumo de televisão, mais de metade é feito em diferido entre os jovens da faixa etária 25/34 (52,8%), seguido das faixas etárias 15-24 (46,6%) e 25-44 (45,4%).
De acordo com a ANACOM, até junho deste ano, o número de assinantes de televisão paga em Portugal ascendeu a 3,6 milhões, sendo que o segundo trimestre do ano registou uma subida homóloga de 4,7% nos subscritores de televisão paga. Num ano, mais de 205 mil portugueses aderiram devido à fibra ótica e oferta de canais exclusivos do cabo, comparativamente com o segundo trimestre de 2015.
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