Uma mala com 9 metros de altura e 30 metros de comprimento foi colocada na Praça Vermelha, em Moscovo, na Rússia. A responsável foi a marca francesa Louis Vuitton, que criou uma réplica gigante do seu tradicional baú para que funcionasse como um Pavilhão.
O objetivo era promover a exposição “Alma Errante”, que tem início na próxima segunda-feira, 2 de dezembro, naquele local, e que serve para homenagear os 120 anos do GUM shopping, o mais famoso centro de compras da Rússia. No entanto, é uma ação que está a gerar polémica naquele país. O Kremlin já mandou, inclusive, retirar a obra da Praça.
“A instalação do pavilhão não foi acordada com a presidência russa”, disse hoje um alto funcionário governativo à agência de notícias Interfax, segundo o Jornal Expresso. O tamanho “excessivo” da peça terá sido o problema. De acordo com a mesma fonte, Vladimir Jirinovsky, do Partido Liberal Democrático, citado pela Reuters, afirmou: “A Louis Vuitton montou uma mala em pleno centro de Moscovo, na nossa praça mais importante e isto não pode ser”. Para Konstantin Mijailov, da organização Câmara Pública Russa, a Praça Vermelha “tem um estatuto” que não permite aceitar instalações como a que foi montada pela marca francesa.
A Louis Vuitton já se manifestou, afirmando que tem “laços profundos com a história russa”, uma vez que é um modelo de uma mala que pertenceu ao príncipe Vladimir Orlov, com as iniciais “PWO”. “Esta exposição é também uma forma de agradecermos à Rússia por nos acompanhar há mais de um século e meio”, defendeu a companhia, em comunicado, citada pela Reuters.
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