“A principal razão para Lisboa ser sexy, é a sua alma”. A frase é de Carlos Coelho, especialista na criação e gestão de marcas e Presidente da agência Ivity Brand Corp. O marketeer desafiou o Presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, para um debate sob o tema “Lisboa, a cidade mais sexy do mundo”, que decorreu no passado dia 16, no Festival IN, em Lisboa.
Durante 4 dias, a FIL recebeu o Festival IN – Inovação e Criatividade, apresentado ao público em Fevereiro. De 14 a 17 de novembro, aquele espaço foi, segundo a organização, um polo de indústrias criativas. O objetivo era promover e divulgar o que de melhor se faz em Portugal neste campo.
Com organização da Fundação AIP, apresenta-se como um evento inovador, ancorando experiencias nos mais diversos setores, como cultura, artes, multimédia, tecnologias de informação e comunicação, entre outros. Garante ser o primeiro festival do género em Portugal e até à escala mundial, concentrando várias atividades, conferências, workshops, ideias e produtos e assume-se como um espaço de interação entre criadores, empresas, instituições e marcas.
Para António Costa, Presidente da Câmara de Lisboa, a realização deste tipo de eventos é essencial para a cidade: “A criatividade é o capital mais essencial para as nossas atividades, nomeadamente a visão económica. Muito daquilo que é a nova visão que as pessoas têm de Lisboa, a nova forma que Lisboa se mostra tem muito a ver com a criatividade. O pastel de natal já existe em lisboa há muitos anos, o elétrico 28 também, a sardinha há muitos anos que a comemos. Mas têm sido sobretudo os criativos que agora lhes dêem dado uma nova imagem, uma nova visão. E isso torna a cidade mais atrativa. É com criatividade que se reinventam os espaços que existem. E acho que esta experiência que temos tido nos últimos anos, é uma boa demonstração da importância das indústrias criativas numa cidade como Lisboa”.
No terceiro dia de festival, Carlos Coelho desafiou António Costa a falar de Lisboa, como “a cidade mais sexy do mundo”. A luz, as vistas panorâmicas, o facto de ser uma cidade que convida a passear, em que é bom andar a pé e onde até olhar para o chão vale a pena, para ver a calçada portuguesa, o peixe, a hospitalidade e a vida diurna e noturna foram alguns dos fatores apontados pelos dois intervenientes, como algo que torna a cidade única no mundo.
Para Carlos Coelho, a assimetria da cidade também é algo que a torna sexy, desenhando-lhe curvas a fazer lembrar o ser humano. Lisboa tem até o transporte público mais sexy do mundo, o elétrico amarelo e o comércio de rua que se tem reinventado e que dá uma “sexyness” especial às ruas de Lisboa. “Aquilo que diferencia Lisboa, aquilo que permite afirmar que Lisboa é a cidade mais sexy do mundo é a soma dos fatores” que dela fazem parte, afirma Carlos Coelho, que fala também do que ainda falta para que mais pessoas além-fronteiras olhem para a “sexyness” de Lisboa.
Para o Presidente da Câmara de Lisboa, o peixe português é inigualável, “Temos o melhor peixe do mundo”. Mas o peixe não faz as delicias apenas no mundo da restauração, mas também no merchandising. A imagem das sardinhas, um dos símbolos das festas de Lisboa, é cada vez mais usada na própria promoção da cidade. Mas será Lisboa sexy aos olhos das marcas?, perguntámos a Carlos Coelho.
A mensagem deixada neste debate é que os portugueses são extrovertidos, gostam e sabem comunicar e isso deve ser aproveitado para dar vida à cidade e para torna-la atraente aos olhos de quem a visita. E apesar das dificuldades que a crise trouxe à vida de grande parte dos portugueses, também conseguiu mudar comportamentos. Fez com que as pessoas saíssem de casa, vivessem Lisboa, passeassem nos jardins e nas artérias mais movimentadas da cidade, porque é gratuito. Os próprios lisboetas começaram a redescobrir Lisboa.
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