Incerteza económica na indústria global de grande consumo

15 de abril de 2015

Incerteza económica na indústria global de grande consumo

No geral, a recuperação registada em economias do mundo continua a ser lenta e fraca. Segundo um estudo realizado pela Deloitte, a indústria global de grande consumo atravessa outro ano de incerteza económica.

Apesar da incerteza, as 250 maiores empresas de produtos de grande consumo do mundo geraram receitas de aproximadamente 3,1 biliões de dólares (cerca de 2,92 biliões de euros) no ano fiscal de 2013. O resultado faz parte da 8ª edição do estudo “Global Powers of Consumer Products 2015: Connecting with the connected consumer”.

A Samsung é a empresa que lidera a lista ao alcançar receitas de mais de 210 mil milhões de dólares (cerca de 198 mil milhões de euros), seguida da Apple e Nestlé. Apesar de a economia global ter voltado a crescer a uma taxa mais lenta do que o esperado, as receitas compostas das 250 maiores empresas de produtos de grande consumo do mundo cresceram 5,6% em 2013. Cerca de ¾ das empresas que integram a lista registaram um crescimento das receitas em 2013, com metade a revelar um rápido crescimento face a 2012.

“A queda dos preços do petróleo tem afetado consideravelmente a economia global, com o aumento das pressões desinflacionárias, especialmente nos mercados desenvolvidos, como os Estados Unidos, a Europa e o Japão. Por outro lado, está a impulsionar o poder de compra dos consumidores nas nações consumidoras de petróleo, como o Japão, a Índia e os Estados Unidos e em grande parte da Europa e desta forma a acelerar o crescimento económico, mais do que seria até esperado”, refere Kalish, chief global economist da Deloitte.

O estudo distinguiu o desempenho positivo de Portugal, Irlanda e, particularmente, de Espanha, entre as economias da eurozona. No geral, as empresas de produtos de grande consumo europeias continuaram a sentir dificuldades em 2013 tendo em conta a desaceleração do crescimento nos mercados internos mais frágeis e o abrandamento em alguns mercados emergentes, particularmente da América Latina e África/Médio Oriente.

Luís Belo, responsável pela indústria de produtos de grande consumo da Deloitte Portugal, refere que “o crescimento orgânico continua a ser um desafio para muitas empresas de produtos de grande consumo. Como resultado, as empresas irão continuar a ver as aquisições estratégicas como um método eficaz e rápido para aumentarem a quota de mercado”.

O ano fiscal de 2013-2014 foi mais um ano repleto de desafios para a economia global. A Europa manteve-se em recessão durante grande parte de 2013, embora se tenha verificado uma recuperação modesta no final do ano e à medida que se caminhava para 2014, mas a revelar um baixo crescimento.

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Jornalista: Ana Gaboleiro

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