27 de janeiro de 2009

Histórias de Marca




 


Numa altura em que o Imagens de Marca comemora cinco anos, recuperamos algumas das marcas abordadas nos mais de 200 programas e fazemos o ponto de situação das empresas na actualidade.


 


Em 2007, ano da reportagem do Imagens de Marca, a Aerosoles, o maior grupo de calçado português, estava em plena expansão. Tendo como mercados fortes a Europa e a África do Sul, a empresa do grupo Investvar detinha a comercialização em exclusivo da marca norte-americana nos mercados da Europa, África e Médio-Oriente.


 


Com 112 pontos de venda, sete mil lojas multimarca e quatro unidades de fabricação, o Imagens de Marca encontrou uma empresa pujante, que produzia quatro milhões de sapatos por ano, para mais de 35 países. A estratégia de crescimento da Aerosoles passava por dominar o mercado indiano e chinês e estavam a decorrer negociações com a casa mãe nos EUA para que assim acontecesse. Seria uma forma que rentabilizar o facto de parte da produção de calçado já ser feita naquela zona do mundo.


 


Pouco mais de um ano volvido, o clima de optimismo recuou e também o maior exportador de calçado nacional foi abalado pela profunda crise económica mundial. O mês de Janeiro foi marcado pelo início do processo de despedimentos de 130 funcionários. Trata-se de um plano de reestruturação da empresa desenhado no ano passado, que prevê a redução de cerca de 15 por cento da mão-de-obra do grupo, de um total de 1360 funcionários, 661 dos quais em Portugal, assim como o fecho de 30 lojas em toda a Europa. Serão chamados 23 trabalhadores de cada unidade produtiva, quatro em Portugal e duas na Índia.


 


As suspeitas sobre as reais dificuldades da empresa tornaram-se uma certeza quando no início do ano os 120 trabalhadores da unidade de Esmoriz foram enviados para casa e a fábrica cessou temporariamente a laboração, em causa estava a falta de verba para aquisição de matéria-prima.


 


Com um EBITDA (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) negativo de 15 milhões de euros e uma dívida na ordem dos 37 milhões de euros, o presidente do conselho de administração da Aerosoles antecipou já que a facturação do grupo baixe este ano ligeiramente face aos 104 milhões de euros registados em 2007, para um nível entre os 95 e os 100 milhões de euros.


 


 



 

“No estudo, chega-se à conclusão de que a empresa tem alavancas necessárias e suficientes que permitem a sua viabilidade”. Quem o refere é o presidente do conselho de administração e fundador da Aerosoles, Artur Duarte, citado no Público, baseado nos resultados preliminares de um estudo realizado pela consultora Roland Berger.



De acordo com o artigo, Artur Duarte não adiantou qual o montante necessário para resolver o problema financeiro do grupo, embora tenha garantido que a empresa vai ter dinheiro para comprar matéria-prima e pagar os salários. O grupo Aerosoles encontra-se actualmente com um passivo de 37 milhões à banca e de mais de 10 milhões a fornecedores.


 


 







Na emissão da próxima semana, o Imagens de Marca vai ao encontro de quatro empresas portuguesas. Conheça os desafios actuais da Unicer, Galp, Delta e Ach Brito, marcas que recuperamos quando se assinala os cinco anos do programa. Fique atento.


 


Emissão SIC Notícias: Sábado: 17h30
Repetições: Sábado: 01h30  |  Domingo: 09h30, 20h30  |  3ª Feira: 15h30  |  4ª feira: 03h30  |  5ª Feira: 01h30


 


 


 


 


 


 

Avalie este artigo 1 estrela2 estrelas3 estrelas4 estrelas5 estrelasAerosoles: sobreviver à crise

">
Loading ... Loading ...

Comentários (0)

Escreva o seu nome e email ou faça login com o Facebook para comentar.