31 de dezembro de 2008

Histórias de Marca


“Venham rápido! Estou a beber estrelas.” Terá sido esta a expressão utilizada pelo monge beneditino Pierre Perignon quando provou champanhe pela primeira vez. O monge a quem é atribuída a invenção do vinho espumante, no séc.17. Dois séculos mais tarde, o seu nome é emprestado a uma das mais emblemáticas marcas de champanhe de sempre e, em 1936, a casa Moët & Chandon engarrafa o primeiro Dom Perignon.



Na verdade, a insígnia Dom Perignon já havia sido utilizada anteriormente, por alguns produtores de Hautevillier. A mesma zona da abadia onde o monge Perignon havia inventado o champanhe. Contudo, era a Maison Mercier – ainda hoje famosa pela produção de champanhe – quem detinha a marca. Pelo menos até ao início do século 19, altura em que uma jovem da casa Mercier se casa com um rapaz da família Chandon. A marca Dom Perignon é então oferecida como dote, mas faltavam ainda alguns anos até que fosse produzida a primeira garrafa de Dom Perignon pela Moët & Chandon.



É apenas em 1936 que a produtora decide pegar na insígnia e colocá-la em parte de um lote de casta de 1921. Lote que a Moët & Chandon depois envia para Inglaterra, como presente de aniversário para o seu distribuidor londrino Simon & Brothers. O sucesso foi tal, que logo no ano seguinte a marca já exportava para os EUA. Hoje está em mais de 120 países e é símbolo de prestígio, luxo e glamour, Em parte, graças às apostas da empresa em campanhas marcantes, com nomes como Eva Herzigova e Cláudia Schiffer.


Lagerfeld, Schiffer e Herzigova
Embora tido como grande senhor da moda, nem só de Chanel vive Karl Lagerfeld. E a Möet & Chandon que o comprove. Quando em 2006 o estilista aceitou assinar o desgin de uma embalagem exclusiva e limitada de Dom Perignon – que colocava o champanhe num invólucro coberto de jóias, ao preço de 2500 dólares a unidade –, este seria apenas o início de uma longa relação da marca com o artista alemão.



Na verdade, logo no ano seguinte, Lagerfeld, perto da passagem de ano, voltou a assinar uma arrojada edição limitada do famoso champanhe francês. Desta vez, três garrafas de Dom Perignon Rosé, acompanhadas de três flûtes de cristal, dentro de caixas de guitarra rosa, feitas à mão, desenhada pelo estilista. Cada uma ao preço de 70 mil euros. Isto no mesmo ano em que Karl Lagerfeld tinha já sido o autor de uma sessão fotográfica que juntou Dom Perignon a Claudia Schiffer. Na visão de Lagerfeld, Schiffer era uma dedicada e calma esposa, que com Dom Perignon assumia 40 personalidades diferentes, numa campanha carregada de sensualidade (ver aqui).



Já em 2008, Claudia Schiffer é substituída Eva Herzigova, protagonista de uma campanha viral – “Room Service” - novamente assinada pelo estilista alemão. A história é a de uma mulher jovem e bela, num luxuoso quarto de hotel, com muito Dom Perignon e uma relação casual (ver vídeo em destaque).

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