25 de julho de 2008

Histórias de Marca

“Timberland é outdoor, é o grande espaço lá fora”. Quem o diz é o próprio presidente da empresa, Sidney Swartz, que explica em curtas palavras a filosofia que tem guiado a marca desde o seu nascimento. Desde o primeiro par de botas que produziu, até aos dias de hoje, em que apresenta uma variada gama de produtos, a marca assume-se como sinónimo de natureza, de liberdade e ar livre.


 


Na verdade, foi exactamente o “ar livre” que levou à concepção do produto que impulsionou a empresa. Em New Hampshire, EUA, início dos anos 60, um local coberto de neve e chuva foi o cenário perfeito para dar lugar à ideia da primeira bota de cabedal impermeável, a alguma vez ser comercializada. “Estamos a falar de um local onde chove e neva imenso e as pessoas têm mesmo que ir para a rua e usar o produto. Nunca ninguém tinha pensado numa bota de cabedal à prova de água”, relembra Sidney Swartz, o criador, em conjunto com o seu pai, Nathan Swartz, e irmão, Herman Swartz, daquelas que viriam a ser conhecidas como as “yellow boots”.


 


Nesta altura, a empresa que Nathan Swartz tinha adquirido em 1955 ainda se chamava Abington Shoe Company. O nome Timberland só surge em 1973, quando a família Swartz vê necessidade de identificar o produto e diferenciá-lo. Surge então o cunho da árvore embutido na própria pele do calçado, e apesar de alguma resistência inicial dos retalhistas em vender as “yellow boots”, o produto vingou no mercado e foi o seu sucesso que acabou por vir mudar o nome à empresa.


 


Em 1978, “The Timberland Company” torna-se no nome oficial da empresa que já produzia mais de 250 mil pares de “botas amarelas”. Foi também neste ano que surgiram outros produtos da marca como calçado casual ou sapatos para a prática de desportos aquáticos, como vela.


 


Internacionalização e diversificação
Mas se foi com o calçado que a Timberland começou a deixar as primeiras pegadas no mercado, hoje a marca oferece uma vasta gama de produtos e veste o consumidor da cabeça aos pés. O processo de internacionalização da marca, iniciado em 1985 com uma forte aposta inicial no mercado italiano, veio pouco tempo depois seguido de uma diversificação da gama de produtos, alargando a variedade Timberland à roupa, tanto na linha de Homem, como de Mulher, em 1988.



Hoje, a Timberland oferece uma gama que vai do calçado à roupa e aos acessórios e com mais de 750 lojas, a marca pode ser encontrada em 120 países.



Em 2007 fechou contas com um lucro na ordem dos 40 milhões de dólares, cerca de 25,5 milhões de euros. Já em 2008, os lucros Timberland registaram 18 milhões de dólares, quase 11,5 milhões de euros, no primeiro trimestre.




 







Em Portugal
Com 18 lojas em território nacional, é em Portugal que a Timberland “tem o maior número de metros quadrados per capita na Europa, em termos de retail”, tal como explica Ronald Brodheim, presidente da administração do Grupo Brodheim, representante da Timberland no País.



Presente em Portugal há 11 anos, o representante refere que a implementação da marca não foi tão difícil por causa de um “brand awareness” já existente. “Era uma marca muito procurada. Nós num primeiro momento respondemos a um appeal que a marca já tinha”, esclarece, à medida que adianta que a Timberland tem “crescido sempre e ainda continua a crescer”, ainda que “em percentagens menos excitantes no ponto de vista empresarial”.



Contudo, para 2008, Ronald Brodheim prevê que a Timberland cresça em Portugal 3,7 por cento. Um valor que “no ambiente actual é bastante positivo”, remata.



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