Vídeo: A marca lançou em ano de centenário uma campanha multi-meios, tendo como tema “Three Artists, One Song”. Campanha que tem a colaboração de Pharrell Williams, N.E.R.D., Santogold e Julian Casablancas.

 

 

 

 

 

 

Nos EUA, há famílias de quatro gerações que já os usaram nos pés. O neto a caminho da escola, customizados e de diferentes cores e padrões, o filho e o pai, durante as disputas no campo de basquetebol, e o avô por altura da II Guerra Mundial. A sola de borracha flexível e a lona resistente valeram-lhe o título de sapato do operário no século passado, tendo acompanhado os trabalhadores no percurso pendular casa-trabalho. James Dean, personificação da rebeldia dos jovens, usaria, mais tarde, uns Converse enquanto puxava o cabelo com brilhantina para trás e usava t-shirt e jeans. Mas se estas sapatilhas combinaram com casacos de cabedal, fizeram também parte da farda dos soldados norte-americanos na Segunda Guerra Mundial por serem fáceis de transportar e confortáveis.

 

Calçado obrigatório da geração do Baby Boom, tiveram Massachusetts como cidade Natal. Marquis Mills Converse deu o nome à empresa que em 1917 lança as primeiras sapatilhas profissionais de basquetebol, as Converse All Star. Mas o grande pulo da marca estava reservado para seis anos mais tarde, quando foram lançados os Converse All Star com assinatura do jogador de basquetebol Chuck Taylor. Taylor influenciou a Converse de forma a tornar a sola do modelo anti-derrapante e a criar um cano alto para protecção dos tornozelos dos jogadores. Durante as décadas seguintes, os Chuck Taylor All-Star calçaram todos os jogadores de basquetebol norte-americanos e são ainda o modelo mais vendido da marca, com mil milhões de pares comercializados em mais de 140 países.

 

Para celebrar o seu centenário, a marca lançou a colecção especial Converse Century. Trata-se da reedição de clássicos da Converse e do surgimento de novos produtos como edições especiais em homenagem a Kart Cobain e Los Ramones.

 

Os anos 40, levaram a Converse para a guerra. A empresa forneceu sapatos, camuflados e uniformes aos soldados que serviram os EUA durante a Segunda Guerra Mundial. Para além do campo de basquetebol e do campo de batalha, os Converse subiram também ao palco e foram um símbolo para muitas correntes de música. Calçado obrigatório dos Rockabilly nos anos 50, vestiram-se de cores nos anos 60 e estiveram nos pés de bandas como Los Ramones e dos fãs do movimento Punk na década de 70. Nirvana e Pearl Jam também contribuíram para o sucesso da sapatilha de lona e, hoje em dia, o regresso da influência Punk&Rock com grupos como os The Stokes fizeram saltar a marca, de novo, para os pés e para os palcos.

 

Hollywood também não resistiu. Basta fazer um zapping passando por diversas épocas para nos apercebermos que, desde a série Fame até ao Dr. House, a fidelidade aos Converse das estrelas de tv e cinema é real. Foi esta relação com o mundo dos famosos, transversal às diferentes décadas de existência da marca, que foi destacada na campanha comemorativa do centenário dos All Star. Connectivity junta James Dean, M.I.A, Ian Curtis, Jane Birkin, Nina Hagen, Sid Vicious e Billie Joe Armstrong. Unidos por aquilo que usam nos pés.