8 de julho de 2008

Histórias de Marca

Na semana passada, o jornal The Guardian, com uma circulação de mais de 300 mil exemplares, publicou um editorial a homenagear um chupa-chupa. O mesmo fez o Canal História ao exibir um documentário de cinquenta minutos sobre esta guloseima, que mudou a forma de as crianças comerem doces. O alvo dos trabalhos jornalísticos foi um chupa-chupa de assinatura e renome mundial, que conta com cinquenta anos de história. Inventado em Barcelona por Enric Bernat em 1958, os Chupa-Chups nasceram de um observação simples: as crianças quase nunca conseguem manter um doce na boca. O rebuçado é rapidamente tirado cá para fora para mostrar a um amigo, responder a uma pergunta, esconder dos pais ou colocar no bolso para comer mais tarde. Perante este facto, Bernat pensou que estaria na altura de “encontrar uma forma de comer um doce como se se estivesse a usar um garfo”. Para desenvolver a sua ideia, o empresário utilizou uma pequena empresa produtora de doces chamada Granja Asturias em Villamayor, na região das Astúrias, da qual se tinha tornado sócio um ano antes. A boa argumentação de Bernat convenceu os outros proprietários a concentrarem a produção num só produto. Depois de meses de pesquisas e desenvolvimento, o primeiro rebuçado num palito de madeira foi colocado no mercado espanhol e vendido por uma peseta. Uma oportunidade para as crianças comerem doces sem sujarem as mãos para descanso dos pais.



Numa primeira fase, baptizou a sua invenção de “Gol” (golo), numa alusão a uma espécie de jogo de futebol em que o chupa-chupa é a bola que entra na boca (baliza). Mas depressa compreendeu que precisava da ajuda de profissionais para chegar ao melhor nome para a marca. A designação Chupa Chups foi registada oficialmente em 1962 e dois anos depois a empresa adoptou o mesmo nome  Para assegurar a rentabilidade do produto, Eric Bernat adquiriu ainda todas as patentes que pudessem competir com o seu invento, por 15 anos.


 







Para celebrar o seu 50º aniversário, a marca lançou uma colecção de malas, todas inspiradas nos anos setenta e disponíveis nas quatro cores dos chupa-chupas.


“És rodó i dura molt, Chupa Chups” (“É redondo e dura muito, Chupa Chups”) foi o primeiro slogan da marca em catalão. Em 1969, o logo adopta o formato de margarida, com o nome da marca no interior. Uma criação do pintor Salvador Dali que correu mundo. Nos anos 70 e 80, já tinham sido vendidos mais de dez mil milhões de chupa-chups nos mercados europeu e americano.


As grandes campanhas da marca passaram por se associar aos grandes eventos e a celebridades. Chuparam Chupa Chups a selecção francesa campeã do mundo em 1998, chupou Madonna e a modelo Kate Moss e, em 1995, os Chupa Chups tornaram-se o primeiro chupa-chupa a ser chupado no espaço pelos astronautas da estação espacial russa Mir. A marca associou ainda o nome a uma campanha contra o tabagismo, ao lançar o slogan 'Smoke Chupa Chups' dirigindo-se assim a um elevado número de consumidores adultos e fumadores.  


2006 é o ano em que a marca deixa de estar na família de Bernat e é vendida por um filho do empresário à Perfetti Van Melle, terceira maior empresa mundial no sector de confeitaria. Por essa altura já tinha sido ultrapassada a barreira dos sessenta mil milhões de chupa-chupas vendidos e, nos dias de hoje,
a empresa garante que se fossem colocados todos os Chupa Chups produzidos na história um atrás do outro, poder-se-ia dar a volta ao planeta mais de vinte vezes.


 



 

Avalie este artigo 1 estrela2 estrelas3 estrelas4 estrelas5 estrelasO mais famoso chupa-chupa do mundo já conta com meio século de vida.

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