Até sexta-feira o número de queixas individuais, já passava das 70, de acordo com um artigo do Jornal de Negócios. A sátira dos Gato Fedorento à propaganda do portátil Magalhães suscitou alguma polémica e até já bateu o recorde de queixas apresentadas junto da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, ERC. No “sketch” os humoristas recorreram à imitação de rituais e símbolos católicos para satirizar a campanha feita ao computador infantil.
No cerne da Igreja Católica, as opiniões já publicadas assumem diferentes pontos de vista. Citado no Jornal de Notícias, por exemplo, o padre Manuel Murojão, porta-voz da Conferência Episcopal, afirma estar solidário com os católicos que se sentiram ofendidos. Já D. Januário Torgal, bispo das Forças Armadas e de Segurança, refere que não se sentiu ofendido e sublinha que não tem sentido de humor não deve assistir ao programa.
Em primeira análise, o presidente da ERC, Azeredo Lopes, explica que “em princípio o humor é insindicável”. Contudo, uma vez entregues na ERC, cabe agora à entidade obrigatoriamente analisar e verificar o fundamento das queixas. Segundo continua o artigo, para o presidente da entidade, o humor não está sujeito a regulação a não ser em situações limite, adiantando que Azeredo Lopes reforçou que “o humor pode tocar quaisquer temas. A única coisa que eventualmente poderá ser regulada é a hora a que passam determinados conteúdos”.
Da parte do Gatos, José Diogo Quintela sublinha que a intenção foi “apenas brincar com a propaganda, e mesmo paranóia, que está a ser feita em torno do Magalhães”, e não ferir susceptibilidades. AB
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