A garantia foi deixada por António Mexia, o presidente da empresa, no último dia dos Encontros EDP, que ao longo de 3 dias entre Porto e Lisboa, reuniram cerca de 8 mil colaboradores.
Foi o momento de partilhar com o público interno as “luzes” que vão orientar a estratégia para o crescimento do negócio nos próximos anos.
Se não se pode prever o futuro “temos que o desenhar”.
António Mexia afirma que a empresa antecipa, executa e por isso lidera, está pronta para enfrentar a liberalização do mercado da energia doméstica, vai apostar em novas tecnologias e em novos produtos e serviços de excelência. Alguns destes produtos estão prontos para entrar no mercado, mas para já, a EDP não quer revelar.
A empresa vai continuar a explorar oportunidades nos mercados onde já está, dos quais o Brasil é fundamental, mas concentra energia em novos mercados, aproveitando parcerias e com projetos de coinvestimento. O presidente da EDP aproveitou a ocasião para explicar a importância do novo acionista da empresa, para a construção deste crescimento no futuro.
Segundo António Mexia, a China Three Gorges, o maior player chinês de energias limpas, que tem a maior barragem do mundo, representa o acesso a dinheiro, investimentos e novos negócios em novas geografias. A Ásia é o próximo grande destino.
Excedendo em mais de meia hora o tempo que lhe estava destinado para o discurso, António Mexia disse que se devia ao facto de gostar tanto de conversar com os colaboradores da EDP. Este encontro serviu também para puxar pelo orgulho da empresa, que é também o mote da nova campanha institucional apresentada esta semana.
O momento é fundamental “para ouvir e esclarecer”.
O Presidente da EDP não quis, no entanto, que nenhum colaborador fosse para casa com dúvidas sobre aquilo que é hoje a empresa em que trabalham. Com o auxílio de um filme recordou a história da elétrica nacional, destacando o facto de ter começado a partir de 13 empresas regionais e hoje é a maior multinacional portuguesa, presente em 13 países.
Uma forma de demonstrar também ao público interno que a empresa não se deve deixar afetar pelas críticas e notícias sobre o monopólio, eficiência ou concorrência. “Ruídos” afirmou, “de quem não sabe do que esta a falar”. E fez questão de falar sobre “a verdade do negócio”.
Às palavras juntou os números que contrariam os ventos que sopram para abanar a marca e a empresa.
Referiu a eficiência com a redução de custos em 27%, segundo a EDP, o valor mais baixo da Península Ibérica. Apresentou resultados líquidos 1 125 milhões de euros, um crescimento de mais 4% face a 2010, sendo que 60% já é gerado fora de Portugal. Destacou também o facto da EDP ser o maior investidor do país, qualquer coisa como 864 milhões de euros, sendo que 40% do investimento está em Portugal. Concluiu ainda que esta dimensão da EDP é fundamental para conseguir gerar mais de 4 milhões de postos de trabalho e contribuir com cerca de 400 milhões de euros em impostos.
O Presidente da EDP realçou, ainda, lançando uma mensagem para o exterior, que a EDP “ é o verdadeiro motor da economia do pais”.
António Mexia terminou o discurso dizendo “We are EDP”, a frase que deu o mote ao evento da empresa. Para o líder da maior multinacional portuguesa, o terceiro maior produtor mundial de energias renováveis, “esta é uma empresa da qual os seus colaboradores se devem orgulhar”.
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