21 de maio de 2009

Dossiê

O Imagens de Marca prepara-se para transmitir mais uma emissão especial País, desta vez focada em Itália. Nesse âmbito, e em parceria com a Embaixada de Itália em Portugal, o magazine organizou esta quarta-feira uma conferência subordinada ao tema das “Relações comerciais e económicas entre Portugal e Itália”. Tal como explica Cristina Amaro, coordenadora e apresentadora do IM, “a conferência serve para discutir e partilhar experiências, know how e informação, entre empresas italianas que estejam em Portugal e empresas portuguesas que estejam em Itália”.



Do encontro – que contou com a presença de Luca del Balzo di Presenzano, Embaixador de Itália em Portugal, Luís Florindo, Administrador do AICEP, Gustavo Fernandes, Responsável pela Internacionalização da Martifer Solar e Stefano Solfaroli, Director-Geral da FIAT Portugal – ficou a conclusão que os dois países podem estreitar ainda mais as suas relações.



Um estreitamento de relações que quanto a Luca del Balzo di Presenzano, Embaixador de Itália em Portugal, poderá passar por um aproveitamento do “novo aeroporto e a alta velocidade”. “Exemplos de boas oportunidades para a criação de parcerias estratégicas entre Portugal e Itália”, afirma. Já focado na importância que os dois mercados assumem entre si, o Embaixador reforça que “as relações comerciais entre os dois países podem e devem evoluir mais com a visão estratégica e trabalho conjunto entre as instituições” e que “a entrada em Portugal pode ser, para muitas empresas italianas, o primeiro passo de entrada no mercado da lusofonia”.



Já no sentido inverso, o das empresas portuguesas que apostam em Itália, Luís Florindo, Administrador Executivo do AICEP, sublinha “a importância das empresas nacionais apostarem no mercado italiano também como montra para outros mercados menos sofisticados”. Isto, para além de ter salientado “a necessidade em promover cada vez mais a marca de Portugal e a sua percepção junto dos consumidores e parceiros no estrangeiro”. Sonae Sierra e a Martifer surgiram nas declarações deste responsável como “excelentes exemplos das oportunidades neste mercado [Itália]”.



Com 21 parques solares fotovoltaícos já em território italiano, a Martifer Solar foi uma das empresas portuguesas que viu em Itália uma oportunidade de expansão. Gustavo Fernandes, Responsável pela Internacionalização da empresa, explica que a escolha de Itália como mercado onde apostar se deveu à “regulamentação existente no país, ao sistema de incentivos e tarifas implementadas no mercado das energias renováveis”. Passado apenas um ano de actividade em Itália, a empresa atingiu o break even e registou um volume de facturação de 6,7 milhões de euros.



Já a FIAT está em Portugal há 80 anos e hoje é a maior empresa italiana a operar em Portugal. O seu Director-Geral no País, Stefano Solfaroli, refere que o sucesso da empresa entre os consumidores portugueses é justificado com uma série de “factores emocionais”, como o gosto pelo design e pelo automobilismo, bem como pela “forma como a FIAT transporta consigo a estética e o estilo de vida italiano”. Um estilo de vida que desde cedo terá apaixonado os portugueses. Em 1902, o Infante D. Afonso importou um automóvel FIAT e inscreveu-o na primeira grande prova automobilística que se realizou na Península Ibérica, a Figueira da Foz/Lisboa, vencendo a prova. Não admira, por isso, que Stefano Solfaroli refira “o património histórico da marca” como outro elemento para o sucesso da FIAT em Portugal.
 



Para além dos oradores, o encontro contou ainda com a presença outras empresas nacionais que nos últimos tempos têm olhado para Itália como mercado de oportunidades. Caso disso, é a Portugal Brands, que no mês passado levou a Milão 17 marcas do design português, e de lá trouxe “um balanço muito positivo”, explica Paula Sousa, uma das sócias do projecto, adiantando que a exposição reuniu mais de 46 mil visitantes, entre eles 200 jornalista de todo o mundo. Uma oportunidade que segundo a Paula Sousa se assume como “óptima em termos de imagem do País, porque conseguimos criar um activo para Portugal”.

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