Vídeo: Carlos Liz, director-geral da APEME fala dos resultados do estudo | José Manuel Costa, presidente do Grupo GCI, anuncia a entrada de Portugal no próximo barómetro.
São 20 países em análise. Os resultados do barómetro da Edelman foram esta semana divulgados, pela GCI e pela APEME, e entre os dados revelados está uma “quebra acentuada de confiança, sobretudo no mundo ocidental”, tal como apontou Carlos Liz, director-geral da APEME, na sessão de apresentação do “Edelman Trust Barometer”. Na mesma sessão onde foi anunciada a integração de Portugal já no próximo estudo, a começar a realizar ainda este ano.
Tal como anunciou o presidente do Grupo GCI, José Manuel Costa, “dada a relevância e a representatividade deste estudo ao nível internacional, Portugal irá juntar-se, no próximo ano, aos 20 países que, globalmente, permitem antecipar tendências e comportamentos dos principais líderes de opinião, uma vez que se trata de um inquérito realizado junto de um público informado”.
A confiança
No geral a confiança baixou nos 20 países. 62 por cento dos inquiridos confia hoje menos nas empresas do que confiava há um ano atrás. Ainda assim, as empresas continuam a gerar mais confiança junto da amostra do estudo. 13 em 20 países deposita mais confiança nas suas empresa do que no seu governo, sendo que este só aparece na frente, nos resultados referentes à Alemanha, Itália, Canadá, França, China, Holanda e Austrália.
Facto que leva à conclusão que o decréscimo da confiança nas empresas, a nível geral, não é significado de um aumento dos níveis de confiança noutros sectores. | A amostra |
“É preciso mudar o paradigma no relacionamento entre o negócio e o consumidores”
As palavras são de Augusto Mateus, ex-ministro da economia, convidado na apresentação dos dados do estudo da Edelman. Em conclusão à sua análise do barómetro, Augusto Mateus apontou desde logo que “um dos aspectos mais importantes da actual crise internacional prende-se com um problema de confiança”. Uma crise que classifica de “assimétrica”, já que afecta com maior intensidade as regiões mais desenvolvidas.
Para além disso, o ex-ministro deixou ainda alguns pontos sobre o que deve ser feito por modo a restabelecer a confiança das pessoas face às empresas, governos e entidades públicas, sendo desde logo “uma reconfiguração dos modelos reguladores. A questão não estão em saber se deve existir ou não regulação, mas sim como esta deve ser feita”, explica.
Um outro aspecto passa por uma necessária “mudança de paradigma no relacionamento entre o negócio e o consumidores”. De acordo com Augusto Mateus tem existido um “exagero dos gestores das empresas em pensarem só para gerar valor para os accionistas”, deixando de parte o lado do consumidor.
Comentários (0)