6 de janeiro de 2009

Dossiê

O Audi Q5, apresentado oficialmente em Abril pela Audi no Salão Automóvel de Pequim, chega agora ao mercado com uma campanha global (veja o making of da campanha ‘Mosaico’ no destaque vídeo). Um dos casos de marcas de automóvel que preferem investir em Janeiro, mês que é encarado pelos anunciantes como fraco em termos de consumo. A esta tendência junta-se o facto de todo o sector automóvel estar a atravessar um mau momento, sendo dos mais afectados pela crise internacional. Em Portugal, a Associação do Comércio Automóvel prevê um decréscimo de 10,6% na venda de novos veículos em 2009, já os valores do mercado geral apontam para uma queda de 8,2% no próximo ano.


 


Esta tendência de decréscimo já se sentiu nos últimos meses do ano. Em Novembro, o mercado de veículos ligeiros caiu em Portugal 7%, registando um decréscimo de 3,5% em relação ao mês homólogo de 2007. Na Europa, a recessão no mercado automóvel é bem visível, com a Espanha a bater todos os recordes e a registar uma descida das vendas em quase 50% em Novembro. A crise de confiança e a dificuldade de acesso ao crédito justificam em parte estes valores.



Mas é, até ao momento, o mercado norte-americano o mais afectado, com as vendas a descerem a valores de há 26 anos. GM, Chrysler e Ford foram obrigadas a pedir auxílio ao Governo e a administração Bush acabou por aprovar um pacote de 12,4 mil milhões de euros de apoios ao sector. Outra estratégia seguida tem sido o encerramento temporário ou mesmo definitivo de fábricas. A Ford encerrou dez fábricas nos EUA por uma semana extra, a Chryseler pretende encerrar 30 por quatro semanas, já a GM encerrou 20 unidades.



De realçar é o facto de apenas as marcas de luxo, dirigidas aos segmentos A e B, terem obtido resultados positivos. Mini, Rolls Royce e Ferrari foram as únicas marcas que viram as vendas aumentarem em relação ao ano anterior. Uma realidade que vai ao encontro das expectativas da Audi. O novo SUV Q5 tem como ‘target’ consumidores que são menos afectados pela crise. Pelo menos é esta a esperança dos construtores.


 



 

Avalie este artigo 1 estrela2 estrelas3 estrelas4 estrelas5 estrelasAmeaças de falências, encerramentos temporários e definitivos de fábricas, fusões de grupos. Adivinha-se um ano negro para o sector automóvel. Mas há marcas que investem em contraciclo e lançam novas campanhas para promover novos modelos, vendo na crise uma oportunidade.

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