Vídeo: música Ogilvy Atenas dedicada ao fundador da agência
“Alguma agência irá contratar este homem?
”Ele tem 38 anos, está desempregado. Foi expulso do colégio. Foi cozinheiro, vendedor, diplomata e fazendeiro. Não sabe nada de marketing e nunca sequer escreveu um texto de publicidade. Diz estar interessado em iniciar a carreira de publicitário (aos 38 anos!) e está pronto para trabalhar por US$ 5.000 por ano. Duvido que alguma agência americana o contrate. Contudo, uma agência de Londres acabou realmente por contratá-lo. Três anos depois, tornou-se no mais famoso redactor publicitário do mundo e, neste momento, possui a 10ª maior agência de publicidade a nível mundial. Moral da história: algumas vezes, esta é a recompensa por uma agência ser tão criativa e não ortodoxa ao contratar pessoas”.
Este texto foi escrito pelo próprio David Ogilvy trinta e três anos depois de ter criado a agência de publicidade que colocou o seu nome na história. Uma forma irónica de olhar para o seu perfil numa altura em que sonhava com altos voos no mundo da comunicação.
Foi aos quarenta anos, sem clientes e com apenas dois funcionários, que David Ogilvy começou a sua carreira na publicidade. A experiência adquirida como chefe de cozinha no Hotel Majestic, em Paris, como vendedor de fogões ou como diplomata foi colocada ao serviço das marcas. Considerado um dos cinco gigantes da publicidade do século XX, ao lado de nomes como Raymond Rubicam, Leo Burnett, William Bernbach ou Ted Bates, criou a agência cujos princípios reflectem de uma forma mais fiel a visão do seu fundador. Mudança e inovação são as palavras de ordem, estagnação a inimiga.
Notabilizou-se como copywriter, tendo sido responsável por algumas das campanhas que ficaram para a história. Entre elas destacam-se “O homem da camisa Hathaway”, a série de anúncios para a Schweppes apresentando o “Comandante Whitehead” e trabalhos criados para o sabonete Dove e para a cerveja Guinness.
O seu primeiro livro, ‘Confissões de um Publicitário”, publicado em 1963, tornou-se o maior best-seller na área da publicidade. Chegou ainda a publicar uma autobiografia, “Sangue, Cérebro e Cerveja” (1973) e, dez anos depois, “Ogilvy on Advertising, com dicas para profissionais do marketing e da publicidade.
Com um vida completa, aos 75 anos garantiu que apenas não conseguiu ter um título de nobreza e uma família grande, com pelo menos dez crianças.
De vendedor de fogões a publicitário |
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